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12 Fevereiro 2021 | Renata Vomero

Com 95 milhões de assinantes, Disney+ alcança meta estabelecida para 2024

Conglomerado divulgou balanço do trimestre fiscal

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(Foto: Disney)

A Disney divulgou aos investidores os números de seu primeiro trimestre fiscal de 2021, que foi de outubro a dezembro. Tendo como principal foco o Disney +, o conglomerado anunciou ter alcançado 94,9 milhões de assinantes do serviço até o dia 2 de janeiro de 2021.

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Com esse número, a empresa bateu a meta inicial de 90 milhões de clientes na plataforma até 2024. Em um mês, houve crescimento de mais de 8 milhões de assinaturas, principalmente impulsionado pela estreia de Soul, da segunda temporada de Mandalorian, sem contar a aguardada estreia de Wandavision, em meados de janeiro.

Com a soma dos pacotes que incluem as assinaturas do Hulu e ESPN Plus, houve 146,4 milhões de clientes, crescimento de 131% com relação ao ano anterior. Com este aumento, a Disney superou as expectativas de Wall Street. A empresa registrou lucro de 0,32 dólar por ação de outubro a dezembro. Wall Street esperava um prejuízo de 0,41 dólar por ação.

Ainda assim, houve queda na receita em comparação com o ano anterior, antes da pandemia. O trimestre fechou com US$16,25 bilhões, diferente dos US$20,88 bilhões de 2019. Esse valor também esteve acima da estimativa dos especialistas, que esperavam algo em torno de US$15,9 bilhões.

Parte das quedas aconteceram por conta dos fechamentos dos parques e os custos para garantir a segurança destes espaços contra o coronavírus. Desta forma, a divisão de parques e produtos para consumo registrou prejuízo operacional de US$119 milhões.

Em contrapartida, a recém criada divisão de distribuição - que une o streaming, cinema e televisão -, registrou US$1,5 bilhão, apresentando queda de apenas 2% com relação ao ano anterior.

Voltamos, então, o olhar para o streaming, que foi o foco da Disney no período, inclusive, parte de seu crescimento explosivo se deu logo em seguida do grande anúncio da empresa sobre os investimentos em conteúdo no serviço. Dos 105 filmes e séries anunciados em dezembro, 80% deles foram voltados para o Disney+.

Um dado interessante trazido pela empresa é de que 30% dos assinantes do Disney+ vêm do Disney+ Hotstar, serviço lançado na Índia e Indonésia, com custo mais baixo. Desta forma, a receita média mensal por assinante caiu 28%, para US$ 4,03.

De qualquer maneira, a Disney atropelou a própria meta inicial de 90 milhões de assinantes e agora consegue estipular novos objetivos. O atual é chegar em setembro de 2024 com algo entre 230 a 260 milhões de clientes. Um valor bastante realista, tendo em vista que a Netflix acabou de ultrapassar os 200 milhões de assinantes.

A telona

Apesar de os filmes para cinema não terem sido o foco da apresentação da Disney, o presidente da empresa, Bob Chapek, confirmou que, apesar dos novos formatos de lançamento com o streaming, o conglomerado mantém a estreia de Viúva Negra exclusivamente para os cinemas.

“Vamos prestar bastante atenção caso essa estratégia precise ser alterada”, afirmou o executivo. O filme tem estreia prevista para maio deste ano e marca a volta do MCU aos cinemas, depois de um 2020 inteiro sem lançamentos, pela primeira vez desde seu início.

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