19 Janeiro 2021 | Renata Vomero

Exibidores coreanos lançam incentivo financeiro para o lançamento de filmes

Redes da Coreia do Sul darão adicional por ingresso às distribuidoras em fevereiro

Com a pandemia e o endurecimento das medidas restritivas aos cinemas na Coreia do Sul, os exibidores estão bastante preocupados com a frequência e ocupação em suas salas neste início de ano. Com menos títulos para atrair o público, a Associação de Cinemas da Coreia anunciou uma medida que visa encorajar os distribuidores a lançarem seus filmes em fevereiro, oferecendo o pagamento de um adicional extra por ingresso vendido.

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“Os cinemas estão completamente vazios. A frequência na Coreia caiu para 10.000 espectadores por dia. As vendas de ingressos também atingiram 1% da capacidade. Isso significa que em um cinema com 100 lugares, apenas uma ou duas pessoas estão sentadas assistindo”, comunicou a associação.

O acordo foi firmado entre as principais redes do país, são elas a CJ CGV, Megabox e Lotte Cinema. Desta forma, foi acordado o pagamento do valor de US$0,90 por ingresso aos cinemas operados diretamente pelas redes e US$0,45 aos que são operados indiretamente. Na moeda local, isso representa os valores de KW1.000 e KW500 respectivamente. Os distribuidores continuam tendo direito da metade do valor dos ingressos, como é tradicionalmente realizado. Esses números são um adicional a estes valores.

A medida se refere apenas a fevereiro, mas pode ser prorrogada a depender dos resultados. E o acordo é válido tanto para filmes locais, quanto para os estrangeiros, valendo por duas semanas por título. Um filme que tem grande expectativa de encabeçar essa mudança é A Despedida, de Lulu Wang, que estreia em 4 de fevereiro no país e agradou o público e a crítica no ano passado.

Fevereiro é um mês tradicionalmente de grande movimentação nos cinemas da região por conta do Ano Novo Lunar, que foi impactado em 2020, quando teve início a pandemia na região, assim como na China.

Apesar de ter conseguido retomar os cinemas em 2020 depois de seu pico de casos de Coronavírus no início do ano, a bilheteria da Coreia do Sul também foi afetada pelos fechamentos durante o ano. Assim como a maior parte dos mercados, a arrecadação do país sofreu queda de cerca de 73%.  E 69% da arrecadação veio do cinema local, o que representou um aumento de 18% com relação a 2019 e uma tendência asiática, que mesmo com as quedas de faturamento, conseguiram atrair público com suas produções nacionais e sem os sucessos de Hollywood.