13 Janeiro 2021 | Fernanda Mendes
Bilheteria mundial cai 71% em 2020 com US$ 12,4 bilhões de venda
Comscore divulgou as cifras do ano passado e EUA teve a pior bilheteria em 40 anos
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2020 não foi um ano fácil para a indústria do cinema e os números podem comprovar. De acordo com um relatório da Comscore, divulgado pela Variety, a bilheteria mundial sofreu uma queda de 71% em relação a 2019, registrando US$ 12,4 bilhões.
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2019, aliás, foi um ano recorde de bilheteria no mundo inteiro com sucessos estrondosos como Vingadores: Ultimato (Disney) – que alcançou o status de maior bilheteria da história – o live-action de O Rei Leão (Disney) e Homem-Aranha: Longe de Casa (Sony). Com isso, o ano retrasado contabilizou US$ 42,5 bilhões em venda de ingressos no mundo todo.
Segundo os dados apresentados, nos EUA a queda foi ainda maior, de 80%. O número mais baixo em 40 anos. Com os cinemas fechados desde março, e apenas com alguns voltando a operar em agosto, as salas norte-americanas venderam apenas US$ 2,2 bilhões em 2020.
Não é novidade para ninguém que o grande território do cinema em 2020 foi a China. Pela primeira vez na história, o país foi o maior no ranking mundial de bilheteria, posto que até então era ocupado pelos EUA. Com um bom controle da pandemia, a China viu seus espectadores voltarem massivamente às salas de cinema. No total, o país vendeu US$ 2,7 bilhões em tickets.
O maior filme, não só do país, como do mundo, foi The Eight Hundred, drama de guerra chinês que angariou bilheteria de US$ 461 milhões. Para efeito de comparação, o maior filme dos EUA no ano passado foi Bad Boys for Life (Sony), lançado em janeiro, com metade desta arrecadação, US$ 204 milhões. Essa, aliás, é a primeira vez desde 2015 que um filme sem ser da Disney lidera a bilheteria dos EUA.
Em segundo e terceiro lugar na bilheteria dos EUA de 2020 ficaram 1917 (US$ 157 milhões) e Sonic: O Filme (US$ 146 milhões). O longa Tenet (Warner), grande aposta dos exibidores pós-reabertura dos cinemas, registrou bilheteria de US$ 46 milhões.
Apesar dos baixos números, o analista sênior da Comscore, Paul Dergarabedian, olha com otimismo para 2020. “Se 2020 provou alguma coisa, é que a experiência do cinema é inegavelmente atraente, relevante e resistente a todos os desafios”. Para 2021, o analista acredita que o ano será o verdadeiro teste sobre o que o futuro reserva para a tela grande.
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