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23 Dezembro 2020 | Renata Vomero

Cinemas devem perder US$32 bilhões em receita de bilheteria em 2020

Pesquisa revela uma queda de 71,5% de arrecadação devido à crise da Covid-19

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(Foto: iStock)

Segundo pesquisa realizada pela Omdia, a indústria de cinema deve perder US$32 bilhões em arrecadação de bilheteria global devido à pandemia do Coronavírus. Esta perda representa uma queda de 71,5% com relação a 2019, que contou com a maior bilheteria da história, de US$42,5 bilhões.

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Pela primeira vez em duas décadas, o valor de arrecadação será de cerca de US$13 bilhões. Os números forçaram as majors a voltarem o olhar para os lançamentos digitais, que, claro, apresentaram um crescimento em assinaturas.

Segundo dados da pesquisa, que foi divulgada no Celluloid Junkie, há expectativa de um crescimento de 30% na receita vinda de assinaturas de serviços digitais, tendo um aumento de US$34 bilhões de 2019 para 2020. 

No entanto, apesar dos esforços dos estúdios em lançar seus filmes com maior encurtamento da janela de exibição, tendo foco no PVOD, essas empresas faturaram em média US$630 milhões com esses aluguéis, o que não coloca este modelo com tanto destaque estratégico, diferente dos streamings.

Ainda assim, a grande discussão que se tira deste ano é sobre o encurtamento das janelas de exibição, sendo tradicionalmente de 90 dias entre a estreia no cinema e a chegada em formato digital. Ao que tudo indica, a partir de agora muitos títulos deverão ter seus modelos de lançamento personalizados de acordo com a análise do estúdio referente ao potencial de cada filme.

De qualquer forma, como aponta a análise do veículo, os cinemas devem voltar a ter um protagonismo maior em 2021. Os 10 maiores filmes dos EUA tiveram 70% de suas receitas de bilheteria geradas nas duas primeiras semanas de lançamento e isso diz muito sobre arrecadação e a possibilidade de flexibilizar a janela, mantendo ainda o cinema como o carro-chefe.

 “A Covid-19 também criou um gargalo de novos lançamentos que questiona o modelo tradicional de janelas, já que as fontes de receita sofrem com a falta de novos lançamentos em outras plataformas em 2020 e 2021. Também criou uma oportunidade única para os estúdios experimentarem outros modelos de distribuição, como PVOD ou, em menor grau, direto para streaming, sem danos de relacionamento equivalentes como antes”, finalizou Maria Rua Aguete, Diretora Sênior de Mídia e Entretenimento da Omdia.

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