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17 Dezembro 2020 | Renata Vomero

CEO da Cinemark não descarta possibilidade de aquisições no futuro

Mark Zoradi falou com investidores em encontro virtual

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(Foto: Matt Winkelmeyer/Getty Images/The Hollywood Reporter)

Há muita especulação circulando no mercado exibidor estadunidense. Recentemente ganhou força o boato de que a Cinemark estaria interessada em comprar alguns cinemas da rede AMC, que passa por dificuldades neste momento da pandemia. Mark Zoradi, CEO da Cinemark, no entanto, negou esses boatos, mas não descartou a possibilidade de fusões e aquisições no futuro. O executivo falou sobre o assunto em uma conferência virtual com investidores, que ainda contou com a presença de Richard Gelfond, CEO da Imax.

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“Sabemos que haverá oportunidades e vamos deixá-las se manifestar ", disse o CEO da rede, que acredita que, infelizmente, o circuito deve se retrair depois desse período de crise, deixando espaços disponíveis para compradores.

Ainda assim, a prioridade da Cinemark deverá ser a de manter sólido seu patrimônio atual, o que parece estar indo bem, dados os bons resultados financeiros que a rede apresentou, dentro do cenário de pandemia, claro.

"Vamos ter muito cuidado ao pegar o dinheiro que temos em mãos, que não é pouco, e arriscá-lo com aquisições de espaços que não temos certeza de como estará em um ambiente pós-pandemia”, salientou o executivo.

Outro tema discutido na reunião foi o recém divulgado planejamento dos estúdios para o futuro. Nesse sentido, Zoradi elogiou a Disney por ter sido transparente com os exibidores, deixando claro que manterá muitos títulos com exclusividade nos cinemas, enquanto outros chegarão apenas ao Disney+.

Retomando, de novo, a polêmica envolvendo a decisão da Warner de lançar os filmes junto ao HBO Max nos EUA em 2021. Decisão essa que não foi discutida com o mercado e que está ganhando duras críticas das diversas pontas do setor.

Richard Gelfond não escondeu seu desgosto com a Warner, achando que a decisão foi tomada sem “calcular os riscos”. Dessa forma, Gelfond acredita que assim que o estúdio ver como as bilheterias estarão boas em 2021, deverá recuar e voltar a lançar os filmes com exclusividade nos cinemas.

"A Warner não vai querer sacrificar essa bilheteria global", disse Gelfond, se referindo também à facilidade desses conteúdos serem pirateados em escala mundial assim que chegarem em formato digital no streaming.

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