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08 Dezembro 2020 | Fernanda Mendes

Roteirista de "The Mentalist" fala sobre diversidade de conteúdo no streaming

Erika Green é uma das painelistas na semana Workshop Internacional Escola de Séries

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(Foto: Teal Moss Photography )

Ontem (7) teve início a semana especial Workshop Internacional Escola de Séries (WIS) de forma totalmente virtual. Com o objetivo de levar capacitação e qualificação para os diversos profissionais que trabalham com séries ou aos interessados em audiovisual, o evento, realizado pela Autoria C, oferece masterclasses até 11 de dezembro e sessões de pitching até semana que vem.

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São cerca de 30 profissionais que deverão compartilhar de seus conhecimentos no Workshop, com destaque para nomes como Henry Jenkins, especialista em transmídia e cultura dos fãs; e Fabio Seidl, Diretor Global de Criação, Marketing e Negócios do Facebook.

O Portal Exibidor traz hoje um bate-papo com uma das convidadas, Erika Green Swafford, roteirista de séries de sucesso da televisão mundial como How to Get Away With Muder (Netflix) e The Mentalist (Globoplay, Amazon Prime).

Atualmente desenvolvendo projetos para o canal Universal Television, ela tem entre seus mais recentes projetos uma série baseada na história real de mulheres negras que resolvem revolucionar a indústria de livros românticos ao mudar as narrativas, ampliando histórias de amor para personagens antes invisíveis em romances. Por isso, a conversa com o Portal Exibidor não pôde deixar de abordar a diversidade de conteúdo, tanto em gênero de produção como em representatividade nas histórias e elencos. Uma tendência que as plataformas de streaming estão definitivamente abrindo espaço no mercado.

Para Erika, o advento desses serviços digitais proporcionou aos espectadores mais diversidade de conteúdo justamente por conta da concorrência entre as plataformas que querem fisgar o espectador pela qualidade de seus catálogos. O mercado com diversos players começa a segmentar os públicos, cada um se especializando cada vez mais, o que beneficia não só o consumidor, mas também os criadores de conteúdo que têm mais espaço para atuar. “Historicamente fomos tratados pelos provedores de conteúdo como se todos tivéssemos os mesmos gostos, o que é desdenhoso e condescendente. Felizmente continuaremos a colocar essas noções no passado”.

Aliás, a roteirista defende a opinião de que os cinemas serão cada vez mais o lugar para grandes filmes. Sendo que as plataformas digitais dão lugar às antigas locadoras de vídeo, com suas comédias românticas, filmes de ação com baixo orçamento e dramas mais contemplativos, uma vez que podem arriscar mais em conteúdos. O que para ela é uma pena, pois será cada vez mais rara a oportunidade de assistira filmes menores em comunidade.

“Você pode fazer filmes menores e independentes e para um público bem direcionado e específico. Isso pode ser libertador para os criadores. O único problema é garantir que seu produto seja comercializado de maneira inteligente, para que tenha a chance de ser visto em um cenário onde há tanto conteúdo lutando pela atenção do público”, atenta Erika.

O painel dela acontece hoje (8) às 19h00, com mediação da atriz Suzana Pires, também fundadora do Instituto Dona De Si, que auxilia as mulheres a trabalharem suas forças e fraquezas no audiovisual.

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