25 Novembro 2020 | Fernanda Mendes
Diretor de "Vingadores: Ultimato" fala sobre lançar filmes em streaming
"Eu acho que há certas histórias que se encaixam melhor em distribuição digital do que nos cinemas", conta Joe Russo
Compartilhe:
Dono da maior bilheteria da história do cinema, Joe Russo, codiretor de Vingadores: Ultimato (Disney), falou sobre o movimento forte da ida de cineastas para as plataformas de streaming.
Publicidade fechar X
Em entrevista ao Comic Book, Russo ressaltou o aceleramento de mudanças que a pandemia de Covid-19 está proporcionando ao mundo, principalmente na área de tecnologia e entretenimento. “Eu acho que há certas histórias que se encaixam melhor em distribuição digital do que nos cinemas, e acredito que cada vez mais está evidente que tipo de histórias são essas”.
Ao que tudo indica, essas narrativas, para o cineasta, são as que fogem do formato de grandes blockbusters. “Há um público mais amplo que você pode alcançar [no streaming] e não há métricas da bilheteria do fim de semana de estreia pelas quais os filmes são definidos inapropriadamente, porque nem todo filme é pensado em estourar já no fim de semana de estreia. E se isso vai ferir a história ou o jeito em que a imprensa e o público perceberão o filme, então talvez não seja o melhor jeito de se lançar um filme”.
Bom, este, definitivamente, não foi o caso de Vingadores: Ultimato. O longa alcançou US$ 2,7 bilhões em bilheteria no mundo todo, sendo que sua abertura somente nos EUA registrou US$ 357 milhões, ficando em cartaz nos cinemas do país por 35 semanas.
Aliás, falando em filmes grandiosos, a estreia de Mulher-Maravilha 1984 (Warner) também foi abordada durante a entrevista. A sequência do longa que registrou US$ 821 milhões em bilheteria mundial, em 2017, estreará no Natal nos EUA tanto nos cinemas como na plataforma HBO Max. Para o diretor, este formato de lançamento é uma tendência. “Acho que [Mulher-Maravilha 1984] é apenas uma amostra de como será o futuro. Acredito que ambos os formatos podem alimentar um ao outro. Aqueles que querem a experiência no cinema podem consegui-la e aqueles que, por outras razões, econômicas ou de saúde ou quaisquer que sejam, têm a oportunidade de ver em sua própria casa”.
Joe Russo ainda ressaltou outra vantagem das plataformas digitais: a acessibilidade de conteúdo. “Acredito que o meio digital tem a vantagem de alcançar regiões internacionais, além da vantagem de custo. As pessoas podem compartilhar suas contas, elas conseguem assistir a 10 filmes por mês pelo preço de um. Sabemos que nem todo mundo pode se dar ao luxo de ir ao cinema”.
Compartilhe:
- 0 medalha