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22 Outubro 2020 | Redação

Vitrine Filmes comemora 10 anos no mercado

Distribuidora está com novidades em diversas frentes

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(Foto: Divulgação)

A Vitrine Filmes completa 10 anos de existência e anuncia diversas novidades ao mercado em um cenário que exige inovação. Em comunicado oficial à imprensa, a fundadora e diretora da empresa, Silvia Cruz, contou que a distribuidora nasceu com o objetivo de preencher uma lacuna evidente. No começo dos anos 2010, o cinema brasileiro vivia um dos momentos mais vigorosos de sua história, mas parte dessa produção encontrava grandes dificuldades para circular. “Havia uma vitalidade na produção nacional, mas não havia distribuidoras que estivessem olhando para esses filmes”, diz Silvia.

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Ao longo dos dez anos, a Vitrine acumulou um catálogo de mais de 150 lançamentos e mais de quatro milhões de espectadores, contabilizando apenas o público nas salas de cinema. No ano passado, com o lançamento de Bacurau, o conceito curatorial coerente da Vitrine, atingiu seu ponto de maior maturidade. Com uma campanha inovadora, o longa de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles foi conquistando cinemas Brasil afora em um raro lançamento escalonado, até alcançar a marca de 730 mil espectadores.

Dentre as novidades da Vitrine está o anúncio do novo sócio da empresa, o diretor Felipe Lopes, que chega com a missão ampliar as janelas de atuação da empresa, portanto, o catálogo da Vitrine estará disponível no site para aluguel. “Queremos também aproveitar para expandir a distribuição de curtas, que encontram no streaming uma ótima oportunidade”, explica Silvia.

Outra frente de ampliação está na criação do braço internacional da distribuidora, a Vitrine Espanha. O primeiro lançamento foi Bacurau, e entre os títulos já assegurados está In The Dusk, de Sharunas Bartas, um dos destaques da competição de Cannes deste ano, além de Vision Nocturna, premiado primeiro longa da chilena Carolina Mosoro. A Vitrine Espanha não será um espelho absoluto da Vitrine brasileira, mas poderá haver títulos em comum.

A produção estrangeira também ganhará espaço no catálogo da distribuidora no Brasil. Da programação da Berlinale 2020, a Vitrine lançará Los Lobos, de Samuel Kishi Leop (México), vencedor de dois prêmios da Mostra Geração, e Suk Suk, de Ray Yeung (Hong Kong), romance gay na terceira idade. A distribuidora também terá filmes da seleção do Festival de Cannes 2020: os franceses DNA, dirigido e protagonizado por Maïween, com Fanny Ardant e Louis Garrel; Gagarine, de Fanny Liatard, Jérémy Trouilh; e Slalom, de Charlène Favier; além do filme dinamarquês aposta para o Oscar 2021 Druk (Another Round), de Thomas Vinterberg com Mads Mikkelsen.

As parcerias com companhias produtoras, que já vinham se desenhando desde que o Fundo Setorial do Audiovisual passou a exigir um contrato de distribuição para acesso aos recursos, se ampliarão com um mergulho mais profundo na etapa da produção. Duas produções da Vitrine já podem ser anunciadas. Uma delas é o próximo longa-metragem da premiada diretora Maria Augusta Ramos, que tem como título provisório Justiça Sob Suspeita, e Hijas Del Fuego 2, de Albertina Carri, uma continuação do pornô-lésbico argentino de 2018, que arrancou elogios nos festivais por onde passou e foi lançado no Brasil pela Vitrine.

Já entre os próximos lançamentos nacionais estão Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, destaque da competição do Festival de Berlim de 2020, e a primeira ficção de Maya Da-Rin, A Febre, que deu partida a uma brilhante carreira internacional em 2019 com dois prêmios no Festival de Locarno, na Suíça (melhor ator, para Regis Myrupu, e o prêmio da crítica internacional) – um ciclo que se fecha e anuncia um outro, de novas e múltiplas vitrines.

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