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25 Setembro 2020 | Fernanda Mendes

Pesquisa aponta que 1/3 das empresas no audiovisual não possui estrutura para a retomada

Portal Exibidor realizou um estudo com 100 profissionais, incluindo exibidores, distribuidores, produtores e fornecedores de produtos/serviços

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(Foto: iStock)

Diante da crise econômica gerada pela pandemia do Covid-19 e pela situação sem precedentes vivida no setor audiovisual, o Portal Exibidor realizou uma pesquisa com 100 profissionais da indústria cinematográfica brasileira, incluindo exibidores, distribuidores, produtores e prestadores de serviços, para entender como as organizações foram impactadas economicamente e o que esperam para os próximos meses.

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O estudo, que foi feito entre os dias 8 e 18 de setembro, será tema de uma série de reportagens ao longo da próxima semana. Neste primeiro relato, o objetivo é mostrar a visão macro dos resultados. Acompanhe:

77,8% dos entrevistados são de micro ou pequenas empresas, sendo que 87,8% afirmou que suas atividades estão paradas ou parcialmente paradas desde março.

Outro dado chocante é que duas em cada três empresas tiveram que diminuir seu quadro de funcionários, sendo que 15% diminuiu o quadro em mais de 70%.

Uma questão preocupante é que um a cada três entrevistados afirmou que a empresa onde trabalha não pretende recontratar as posições já fechadas. Ao mesmo tempo que esse dado mostra uma otimização de trabalhos assumida por menos pessoas com a possível retomada da economia, também preocupa a quantidade de desempregos que poderá gerar.

Ainda, 60% dos entrevistados afirmaram que não tiveram acesso às linhas de crédito e/ou auxílio emergencial disponibilizadas pelo governo federal, estadual ou municipal.

“Mais de 70% dos entrevistados acredita que o mercado de cinema no Brasil em 2020 terá retração maior que 40%. Também é desalentador saber que 1/3 dos profissionais afirmaram que a empresa onde trabalha não possui estrutura para a retomada das atividades”, lamenta Marcelo J. L. Lima, fundador da Revista e Portal Exibidor.

Próximos meses

Tanto exibidores como produtores e distribuidores acreditam que os protocolos de segurança para os sets de filmagem e para as salas de cinema viabilizam o retorno das operações sem propagar doenças. A resposta para esta questão foi 90% positiva entre os entrevistados.

Em relação a 2021, as opiniões ficaram divididas. Praticamente 50% acredita na retração nos negócios e outra metade prevê que haverá um crescimento gradual ou estabilidade de crescimento.

Lima atribui esta diferença em relação ao tamanho das empresas. “Se comparar com as empresas grandes, as micro/pequenas companhias estão mais pessimistas. As pequenas jogam uma recuperação para 2022 ou 2023. Já as empresas grandes, que tem maior capital em caixa, preveem um retorno mais antecipado, perto do segundo semestre de 2021”.

O executivo, no entanto, acredita que o ano que vem pode render um crescimento gradativo ao mercado. “Claro que será um processo que vai demorar mais de um ano para recuperarmos os números que tínhamos conquistado no primeiro trimestre de 2020, que foi muito bom. Uma vez a população se vacinando, cria uma confiança maior para consumo de entretenimento e isso pode melhorar bastante os números”.

Ao longo da semana que vem, o Portal Exibidor divulgará os resultados da pesquisa em três partes: exibição, distribuição e produção. Acompanhe!

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