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27 Agosto 2020 | Fernanda Mendes

Ted Sarandos explica porquê a Netflix não participará de festivais este ano

Executivo também contou como está o ritmo de produção na quarentena

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(Foto: Reprodução)

O co-CEO e chefe de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos, participou do webinar promovido pelo portal Indie Wire nesta semana, o IndieWire’s Screen Talk. Com mais de 10 milhões de novos assinantes no segundo trimestre de 2020, a plataforma de streaming cresce mesmo com a chegada de grandes concorrentes como Disney + e HBO Max.

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Sarandos explicou que, mesmo com a pandemia e o consequente isolamento social, a programação da Netflix não sofreu grande impacto, já que os trabalhos de pós-produção estão a todo vapor, e as gravações já começaram em certas partes do mundo. “Compreender os protocolos de segurança e aplicar essas práticas recomendadas em todos os lugares permitiu estar bem à frente da curva na América do Norte”.

Na Espanha, por exemplo, as gravações da nova temporada da série Elite já haviam voltado, mas na última semana tiveram que ser suspensas devido a um membro do elenco que testou positivo para o Covid-19. No Canadá e nos EUA, as produções da plataforma voltarão ao set de filmagem nesta semana.

Temporada de festivais

Este ano muitos festivais foram cancelados, adiados e alterados para acontecerem de forma virtual. De qualquer maneira, a Netflix já deixou claro que não participará de nenhum evento este ano, mesmo tendo em sua prateleira produções aguardadas e que estão em fase de finalização como Mank, de David Fincher, e The Trial of the Chicago, de Aaron Sorkin.

Festivais de Telluride, Toronto e Nova York não contarão com os filmes da gigante de mídia. “Tivemos que tomar essa decisão em março e, naquela época, as coisas pareciam muito sombrias. A ideia de reunir pessoas para ir às montanhas e assistir a filmes em salas pequenas e escuras não parecia atraente para muitas pessoas”, explicou Sarandos.

O executivo também explicou que neste momento difícil da humanidade não acharam certo estabelecer um prazo rígido que forçaria os cineastas a apressar a pós-produção. “Achamos que ter cineastas passando esse tempo em salas de edição em vez de estarem com suas famílias provavelmente não era uma grande troca”, disse ele. “Há muitas coisas que não vão acontecer este ano. A urgência dos festivais de cinema não parecia superar isso”.

 

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