26 Agosto 2020 | Fernanda Mendes
Organizadores explicam como funcionará o Festival de Toronto
Evento será em formato híbrido com screenings virtuais e presenciais
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O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) começa dia 10 de setembro e a edição deste ano será em um formato totalmente novo, misturando screenings virtuais e presenciais.
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Para explicar como será o evento, os copresidentes Cameron Bailey e Joana Vicente, e a diretora sênior, Diana Sanchez, participaram do webinar ScreenDailey Talks nesta terça-feira, dia 25.
Com um line-up mais enxuto este ano – serão 50 filmes – as produções serão exibidas na plataforma online TIFF Bell Lightbox, em alguns drive-ins e em espaços ao ar livre da cidade.
Na versão online, o evento estará dividido para os espectadores canadenses e para os membros da indústria audiovisual do mundo inteiro. O público poderá assistir aos filmes na plataforma Bell Digital Cinema, que tem bloqueio geográfico, para limitar as transmissões somente ao país, e a programação para a indústria, estará na plataforma TIFF Digital Cinema Pro. Ambas são hospedadas pelo Shift72.
“Ficou muito claro desde o início que precisávamos de um componente digital muito forte”, disse Joana Vicente.
A programação de debates também será inteiramente online e dentro do TIFF Digital Cinema Pro haverá espaços para reuniões e encontros entre os players.
Neste ano, nenhum screening terá o caráter de première, como forma de respeito aos eventos catastróficos de 2020. “Simplesmente não parecia algo necessário”, disse Bailey. “Este ano, junto com outros festivais, nosso objetivo é realmente apenas estar aqui para apoiar os filmes”.
Apesar de não haver nenhuma première, a ideia é gerar engajamento e entusiasmo durante os screenings, para que não fique algo maçante. Bailey explicou que querem transmitir o sentimento de um festival presencial. Por isso, alguns talentos como os cineastas Darren Aronofsky e David Cronenberg, e atores como Brie Larson serão os embaixadores do TIFF, fazendo postagens nas redes sociais e propagando o festival em eventos ao vivo.
Bailey observou ainda que a realização do festival normalmente gera receitas suficientes para financiar as atividades do TIFF durante todo o ano, como projetos educacionais, desenvolvimento de talentos, bem como a cinemateca e a biblioteca do TIFF. Mas este ano não será assim. “Todas essas coisas estão em risco porque não temos a receita do festival para sustentá-las, então esperamos que quando o evento terminar, possamos encontrar o suporte para garantir que essas coisas não desapareçam”.
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