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25 Agosto 2020 | Redação

Brasileiro "A Linha" é finalista do Primetime Emmy Awards

Narrativa em realidade virtual concorre na categoria “Outstanding Innovation in Interactive Programming”

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(Foto: Reprodução)

Sobre os trilhos de uma miniatura da cidade de São Paulo em 1940, uma delicada e envolvente história de amor entre um entregador de jornais e uma florista acaba de colocar o Brasil entre os finalistas do 72° Primetime Emmy Awards, o principal prêmio global dado a obras e profissionais da indústria televisiva, que este ano será realizado em setembro.

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Dirigida por Ricardo Laganaro, produzida pelo estúdio ARVORE e com vozes de Rodrigo Santoro (inglês) e Simone Kliass (português), A Linha é uma narrativa interativa em realidade virtual (VR) totalmente pensada e desenvolvida para ser contada neste formato. A obra inova ao permitir que o usuário interaja com a experiência usando o próprio corpo ao invés de controles e é uma porta de entrada para o grande público experimentar a tecnologia de VR.

A Linha chega ao Emmy como finalista na categoria “Outstanding Innovation in Interactive Programming”, que premia empresas ou pessoas responsáveis pela criação de programas ou obras interativas notáveis e impactantes, que ampliem os conceitos de arte e ciência em mídias interativas e demonstrem domínio do formato, elevando significantemente a experiência do usuário. “Ser reconhecido pela Academia da Televisão é uma honra que pode dar ao Brasil a chance de ser protagonista em uma nova linguagem dentro da realidade virtual.  ‘A Linha” representa o que há de mais avançado no uso de imersão corporificada em narrativas interativas. O corpo do usuário substitui o controle e os movimentos não só desenrolam a história, mas inspiram uma autorreflexão intencional”, disse Ricardo Laganaro, diretor do filme.

Premiada como “Melhor Experiência em VR” no 76º Festival de Veneza, A Linha coloca o ser humano no centro da narrativa e conta uma história universal de amor com camadas adicionais de significado e compreensão, especialmente sobre rotina e medo de mudanças. Repleta de emoções, combina ainda a interação corporal da realidade virtual com inovações técnicas e conceituais que tornam suas escolhas artísticas possíveis. A obra é a primeira experiência lançada comercialmente para Oculus Quest a usar o novo recurso de rastreamento de mãos (hand tracking), ampliando a imersão do usuário e seu senso de participação na trama. 

“A realidade virtual é um poderoso meio para contar história e estamos descobrindo novas maneiras de fazer isso. A ARVORE tem investido muito na exploração de possibilidades dessa mídia e confia que o “A Linha” seja um passo importante para levar esse tipo de experiência a um público cada vez maior”, disse Ricardo Justus, CEO da ARVORE

Trilha Sonora

A produção é conduzida pela melodia de um autêntico chorinho brasileiro composto pelo estúdio Ultrassom Music Ideas. A trilha sonora original é assinada por Gilson Fukushima e Ruben Feffer, que compôs com Gustavo Kurlat a trilha do longa de animação “O Menino e o Mundo”, indicado ao Oscar em 2016.

“É um privilégio e um orgulho estar novamente envolvido em uma obra capaz de dar dimensões globais à cultura brasileira, especialmente por meio da música. Indicações a prêmios como esse mudam a forma como o mercado internacional enxerga a produção audiovisual brasileira e certamente ajudará a abrir portas para nossos talentos”, analisa Ruben Feffer, fundador e diretor musical da Ultrassom.

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