20 Agosto 2020 | Fernanda Mendes
Rodado em 9 dias, suspense “Volume Morto” estreia nos drive-ins hoje
Dirigido por Kaue Telloli, o longa passou pelos Festivais de Talim e Brasília
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Hoje (20) estreia o longa nacional Volume Morto em drive-ins espalhados por Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Maceió e São Paulo. O filme, distribuído pela O2 Play, tem direção de Kaue Telloli e traz Fernanda Vasconcellos, Júlia Rabello e Daniel Infantini em um suspense envolvente.
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A trama mostra uma professora que percebe o comportamento incomum de seu aluno na educação infantil. Mudo nas aulas, ele ganha o apelido "Volume Morto". Para tentar entender o que acontece com o garoto em casa, ela convoca os pais dele para uma reunião. O filme, de 80 minutos, que se desenrola dentro de uma escola completamente vazia, permite que o espectador acompanhe situações extremas e tente entender os diferentes pontos de vista de cada um dos envolvidos.
A ideia para o longa, segundo o diretor, nasceu justamente da reflexão sobre um desenho infantil. “Todos meus amigos começaram a fazer mil teorias sobre o desenho, achando que já tinham compreendido tudo sobre a criança. Fiz um paralelo dessa situação com o que temos vivido atualmente, cada um com suas opiniões polarizadas, cada um lendo o mundo com a sua visão. E no filme, nós espectadores ficamos fazendo um quebra-cabeça, tentando adivinhar a situação”.
Filmado em apenas 9 dias em um único ambiente, o longa é um dos primeiros nacionais a estrear em drive-in nesta quarentena. “Kaue é um novo talento. O filme tem poucos elementos, 3 atores, um cenário, mas a história te prende até o fim. Marca de um autor de filmes comerciais, que sabe realizar”, conta Igor Kupstas, diretor da O2 Play.
Além do tempo curto para as gravações, o longa foi feito inteiramente com recursos próprios o que, segundo o cineasta, foi um grande aprendizado para sua carreira. O resultado, não poderia ser mais positivo. Volume Morto foi selecionado para o Festival de Talim (Estônia), um dos dez maiores festivais de cinema do mundo, e passou pelo Festival de Brasília, sendo considerado o filme mais polêmico do evento em 2019. Além disso, depois de percorrer os drive-ins, o longa estreará também no Telecine e plataformas digitais.
“Com a pandemia começamos a avaliar as possibilidades e entendemos que demoraria para o filme poder entrar em cartaz nos cinemas, então o drive-in poderá gerar um burburinho entre o público e é um programa que tem uma experiência curiosa e que encanta”, comemora Telloli.
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