04 Agosto 2020 | Fernanda Mendes

CEO da Cinemark sobre encurtamento da janela: "pode ter impacto adverso"

Companhia divulgou balanço do segundo trimestre do ano e CEO aproveitou para falar sobre acordo entre Universal e AMC

A Cinemark divulgou o balanço do segundo trimestre de 2020, reportando uma perda de US$ 170 milhões devido ao impacto do Covid-19. No mesmo período do ano passado, a companhia havia registrado um lucro de US$ 101 milhões.

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Por conta das salas fechadas nos territórios onde a exibidora atua, houve gastos de US$ 19,5 milhões com reestruturação, por conta de remanejamento de funcionários e até mesmo o fechamento permanente de unidades que não tinham desempenho satisfatório. Em junho, a Cinemark anunciou que atualmente conta com 5.977 salas nos EUA e América Latina.

“Em junho, nós abrimos cinco cinemas nos EUA, fazendo sessões para testar os novos protocolos de saúde e segurança. Essa operação de testes recebeu 13 mil clientes, gerando US$ 37 mil em ingressos vendidos e US$ 57 mil em vendas da bombonière”, contou o CEO da Cinemark, Mark Zoradi.

Os testes, aliás, foram bastante satisfatórios, com 97% dos espectadores aprovando as medidas de segurança da companhia. “Esperamos ansiosamente iniciar as operações de nossos cinemas a partir de 21 de agosto”.

A receita total do trimestre caiu de US $ 957,8 milhões para US $ 9,0 milhões.

Acordo Universal e AMC Theatres

O CEO da Cinemark também comentou sobre o acordo entre a Universal Pictures e a AMC Theatres para encurtar a janela de exibição dos filmes da distribuidora em 17 dias. “Declaramos publicamente que estamos dispostos a conversar com os estúdios parceiros para evoluir com eles. Mas um encurtamento agressivo de janela pode ter um impacto adverso no final da vida de um filme”.

Sem descartar a possibilidade de negociar com os estúdios sobre essa flexibilização da janela do cinema, o CEO declarou que a companhia pretende ser bastante cuidadosa para assegurar benefícios para toda a indústria, para a Cinemark e seus acionistas.