13 Julho 2020 | Fernanda Mendes
Analista acredita que cinemas nos EUA não reabrirão antes de setembro
Eric Handler, da MKM Partners, também prevê mais adiamentos nas estreias
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O analista de mercado, Eric Handler da MKM Partners, publicou um estudo nesta segunda-feira, dia 13, sobre as perspectivas do mercado de cinema ainda para este ano. As informação são do site The Hollywood Reporter.
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Segundo o analista, ele acredita que por conta da alta onda de contágios do Covid-19 voltando a assolar os Estados Unidos, os cinemas não reabrem antes de setembro, “pelo menos”. “Acreditamos na baixa probabilidade de estreia de ‘Tenet’ em 12 de agosto, devido ao crescente número de casos de Covid-19 em áreas-chave como Califórnia, Texas e Flórida, juntamente com a lenta reabertura da economia de Nova York. Na nossa opinião é que seria surpreendente ver cinemas capazes de reabrir em todo o país antes de setembro”, explicou.
Se antes, Handler acreditava em uma bilheteria com baixa de 55% a 60% este ano, agora, ele atualizou esses números para 70%.
Para a Europa, o analista também crê que as coisas não serão tão boas assim, apesar da maioria dos cinemas por lá já estarem reabertos. Handler explicou que os estúdios não terão conteúdos relevantes para lançar antes da reabertura dos cinemas nos EUA, ou seja, os cinemas europeus terão que depender exclusivamente de suas estreias domésticas, sem os blockbusters de Hollywood.
Para a América Latina, as previsões igualmente não são agradáveis. “A América Latina, com seu alto (e rápido aumento) no nível de casos do Coronavírus parece estar mais atrás da previsão de reabertura norte-americana. A partir de agora, ficaríamos surpresos se a região reabrir no terceiro trimestre”. Apesar da previsão de Handler, em São Paulo, o governo já anunciou que os cinemas que estão nas cidades da Fase Amarela poderão reabrir a partir de 27 de julho. Nos outros Estados ainda não há perspectivas.
Para a China, Handler admitiu que é difícil traçar previsões, já que o governo local não informa nenhum dado sobre a retomada dos negócios em exibição.
Bilheteria
Para os próximos anos, ele prevê um aumento de 158% na bilheteria norte-americana em 2021, com US$ 9,1 bilhões, e uma estabilidade em 2022 que poderá registrar US$ 11,5 bilhões em bilheteria. “Acreditamos que haverá uma demanda reprimida pelas pessoas para sair de suas casas em busca de entretenimento, embora o aumento no número de espectadores provavelmente seja gradual”.
Enquanto isso, muitas redes exibidoras passam por dificuldades lá nos EUA, como a AMC que na última sexta-feira anunciou mais uma tentativa para sobreviver com uma reestruturação da dívida combinada de US$ 300 milhões em novo capital. "Embora a AMC agora tenha algum espaço para respirar, ela ainda paga uma quantia significativa de despesa de juros, enquanto sua capacidade de geração de fluxo de caixa livre continua sendo questionável", disse Handler.
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