29 Maio 2020 | Fernanda Mendes
Netflix não participará de festivais este ano, diz reportagem
Apesar de patrocinar alguns eventos, gigante de streaming não enviará seus filmes
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A Netflix, que conseguiu consolidar sua presença nos maiores festivais do mundo no ano passado, este ano tomou a decisão que não participará de nenhum, sendo presencial ou virtual. As informações são do portal IndieWire e ainda nada foi confirmado oficialmente.
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Embora a gigante de streaming patrocine alguns dos principais festivais em 2020, mesmo assim ela não está planejando enviar nenhum filme ou talento para os eventos.
Entre os títulos da Netflix que foram retirados do circuito estão: Mank, de David Fincher, estrelado por Gary Oldman e Amanda Seyfried; Hillbilly Elegy, de Ron Howard, estrelado por Amy Adams; I’m Thinking of Ending Things, de Charlie Kaufman, estrelado por Toni Collette e Jesse Plemons; Ma Rainey’s Black Bottom, de George C. Wolfe, estrelado por Viola Davis, Denzel Washington e Chadwick Boseman; The 40-Year-Old Version de Radha Blank; e White Tiger de Ramin Bahrani.
Segundo o veículo norte-americano, a decisão de se ausentar dos festivais se dá muito pela insegurança e incerteza da maioria das organizações dos eventos, que ainda estão sem saber o que fazer. Além disso, a pandemia também afetou os cronogramas de pós-produção dos conteúdos da Netflix, inclusive do novo filme de Fincher, que provavelmente não conseguiria terminar sua obra para o Festival de Cinema de Nova York, que deve acontecer entre 25 de setembro e 11 de outubro. O evento é um forte termômetro para o Oscar e, a organização do festival já anunciou que fará mudanças em sua estrutura, que mesclará evento presencial e virtual. Não só o Festival de Nova York será híbrido, como o de Toronto também.
A verdade é que, embora os festivais tenham sido historicamente cruciais para a estratégia de premiação da Netflix, este ano o estúdio pensa em alternativas para ainda conseguir concorrer ao Oscar ou Globo de Ouro. A gigante comprou dois cinemas nos Estados Unidos, um em NY e outro em Los Angeles, ou seja, poderá se dar ao luxo de esperar a pandemia passar e lançar seus filmes para influenciadores, membros da Academia e pressionar quando for a hora certa. Ou então, mais fácil ainda, pode colocar diretamente em seu serviço de streaming, já que agora as premiações estão aceitando filmes que pulem a janela do cinema, por questões óbvias.
“O Oscar pode mudar para atender as demandas de todos - desde o simples congestionamento de estreias até o backup da quantidade de pipelines de projetos submetidos”, disse um executivo de marketing de uma plataforma de streaming para o IndieWire.
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