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25 Março 2014 | Redação

Cobertura CinemaCon: A importância do Cinema Digital

Palestrantes explicam a evolução da tecnologia e suas visões para o futuro

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David Hancock, diretor da IHS, na CinemaCon (Foto: Ryan Miller/Capture Imaging para a CinemaCon)

A evolução do cinema digital foi uma das pautas mais fortes do primeiro dia da CinemaCon. Seminários durante todo o evento comentaram o passado, o presente e o futuro da tecnologia e como ela influencia a indústria atualmente. 

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Primeiramente, Julian Levin, vice presidente executivo de cinema digital, vendas e distribuição da Fox Internacional, explicou como a conversão digital beneficia toda a cadeia cinematográfica, que vai desde produtores, estúdios, distribuidores e exibidores. Além de dar uma explicação sobre como funciona o VPF, ele lembrou que cerca de 115 mil salas estão digitalizadas em todo o mundo, mas há países, como o Brasil, que tem apenas 50% de suas telas digitalizadas. 

O Brasil foi muito discutido durante os seminários, uma vez que irá sediar tanto a Copa do Mundo de 2014, quanto a Olimpíada de 2016. Com grande parte dos cinemas ainda projetando em película, muitos se questionaram quantos desses cinemas irão fechar e quantos deles conseguirão se digitalizar. 

David Hancock, diretor de filme e cinema da IHS, comentou os próximos passos do cinema digital. Em sua visão, o exibidor não vai se beneficiar de apenas uma grande tecnologia digital, mas sim de uma combinação entre elas, incluindo o som imersivo, o 3D e, futuramente, a projeção a laser, que vê como o futuro do cinema. 

Hancock notou o amadurecimento do sistema 3D. Para ele, a ferramenta passou a ser uma opção, não uma obrigação em todos os lançamentos. Atualmente, existem filmes que são lançados em três dimensões em um local - como a China, que é o país com maior bilheteria 3D do mundo – e em outros o estúdio prefere exibir o filme em 2D. 

“É uma escolha, como o filme é uma escolha. É preciso perceber o valor do 3D”, notou o palestrante, lembrando o sucesso de longas criados especialmente para usar o formato, como Gravidade

O som imersivo também apresenta um crescimento, inclusive, fora das salas de cinema. Hancock lembra que mais de 800 salas contam com o Dolby Atmos ou com o Auro 11.1, da Barco. Mas a evolução não para nas salas. Essas empresas querem levar a experiência para além da tela e há novidades para automóveis, televisão, tablets e telefones (leia mais aqui). 

Jean Mizrahi, CEO da Ymagis, explicou que atualmente a Europa é uma “torre de babel” – as diferentes línguas na mesma região e diferentes datas de lançamento dificultam a distribuição de filmes. Ele acredita que o futuro envolve o envio do material por fibra ótica e recebimento no servidor, dispensando USB, DVD ou hardwares. 

Em sua visão, o exibidor terá uma vasta opção de conteúdo online e, como o custo da digitalização é menor, é possível ter mais filmes europeus e maior diversidade no conteúdo. 

Por fim, Malcolm MacMilan, diretor de desenvolvimento de negócios da Peach Digital Limited, falou sobre a importância de ter um sistema online. Em 2008, 68% das pessoas estavam conectadas e, hoje, mais de 80% delas estão na rede. Cada dia mais, o acesso acontece via celular ou tablets e, por isso, o exibidor precisa de maneiras adequadas para vender ingressos online.

“É preciso ser diferente e ter uma estratégia de resdes sociais e atendimento online ao cliente”, notou MacMilan. Hoje, apenas 34% dos cinemas desenvolveu um serviço para venda via mobile de ingressos, comparado com uma indústria que 88% dos espectadores compram pelo celular.  

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