07 Abril 2020 | Fernanda Mendes
Entidades do audiovisual pedem ajuda à prefeitura de São Paulo
Associações querem mitigar os impactos não só da quarentena como de outras adversidades que vinham acontecendo
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Diversas entidades representativas do audiovisual enviaram uma carta ao município de São Paulo para a pedir medidas que ajudem a mitigar os impactos da quarentena no setor. Entre as entidades estão a BRAVI (Brasil Audiovisual Independente), SINDCINE (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual) e ANDAI (Associação Nacional Distribuidores Independentes).
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Na carta endereçada para o prefeito Bruno Covas e outros órgãos como a Secretaria Municipal de Cultura e a Spcine, as entidades reforçam o impacto do novo Coronavírus no setor. “Segundo um diagnóstico realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, os setores mais atingidos serão cultura e economia criativa, turismo, comércio e varejo - justamente os setores que mais cresceram no ano de 2019 na economia paulista. Só a cultura paulista, segundo o informe, deixará de movimentar R$34,5 bilhões”.
A carta ainda reforça que o setor audiovisual já vinha sofrendo pela crise da gestão na Ancine nos últimos anos, além da “ausência efetiva de políticas públicas do Governo Federal para à Cultura”. Sem contar que no mês de fevereiro, o bairro da Vila Leopoldina, onde ficam a maioria das empresas de indústria criativa e de tecnologia, foi prejudicado com as enchentes causando prejuízos de mais de RS$ 20 milhões.
Entre as exigências estão:
- a isenção de IPTU dos imóveis locados e de propriedade das produtoras, locadoras de equipamentos, estúdios, empresas de dublagem, som, entre outras sediadas na cidade pelos próximos cinco anos, lembrando que tal isenção já existe no Rio de Janeiro desde desde 1984;
- o lançamento de um novo Programa de Parcelamento Incentivado – PPI para deixar as empresas em situação regular, mas com início de pagamento, a partir de 2021.
- a suspensão até final de 2021 das cobranças de custos para filmagens e gravações na cidade, incluindo aqui as taxas da CET;
- a transferência dos recursos do PROMAC 2020 para editais de projetos audiovisuais de suporte automático para serviços home office – como desenvolvimento, pós-produção de imagem e áudio e distribuição de filmes;
- a extensão até o final de 2022 do Programa de Incentivo às Filmagens da Cidade de São Paulo "o cash rebate" (restituição de uma porcentagem de 20% a 30% do valor total gasto por produções na cidade de São Paulo) para produções de conteúdos nacionais, por produtoras sediadas na cidade de São Paulo;
- a atuação institucional juntos aos players internacionais (streaming e canais) para investirem em novas produções e aquisições de conteúdos brasileiros contratadas com produtoras e/ou distribuidoras sediadas na cidade de São Paulo.
Pata conferir a carta na íntegra, clique aqui.
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