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02 Abril 2020 | Fernanda Mendes

Primeiro Webinário da Revista Exibidor fala sobre criatividade em tempos de crise

Debate recebeu 477 inscrições

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(Foto: Divulgação)

Ontem (01) a Revista Exibidor deu início a série de webinários semanais para discutir o futuro da indústria do audiovisual após a pandemia do Coronavírus. Os webinários acontecerão sempre às quartas-feiras às 19h na plataforma Zoom.

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O primeiro debate, que recebeu 477 inscrições, contou com a presença de Paulo Pereira (Desbrava) e Luiz Morau (Quanta) para falarem um pouco sobre as alternativas e criatividade em tempos de crise.

“A gente está trabalhando como se o mercado sempre fosse abrir na semana que vem. Óbvio que você está com receitas interrompidas e despesas contínuas, mas a ideia é sempre se mostrar pronto com contingenciamento para ter condições de passar por esse momento”, explicou Morau.

O cenário atual é totalmente atípico: os cinemas do mundo todo se encontram fechados e as pessoas precisam ficar em casa, assim, o consumo em plataformas de streaming, VoD, e televisão, aumentou muito. Os hábitos, em geral das pessoas mudou e ainda vai mudar muito. Por isso, Paulo Pereira acredita que o mercado de cinema não será mais o mesmo, no entanto isso não é algo ruim. Inclusive, os exibidores devem e podem se inspirar no modelo de negócios de streaming para implementar no mercado tradicional de cinema.

Além disso, esse pode ser o momento certo para fazer reformas, investimento em tecnologia, inovação, e aproveitar a paralisação do cinema para olhar para pontos que precisam ser aprimorados dentro da empresa.

Outra questão abordada foi do line-up dos filmes quando os cinemas forem reabertos. Essa pode ser a hora perfeita de programar longas pequenos, médios e nacionais para aproveitar a lacuna que os blockbusters deixarão, afinal só devem estrear depois de junho. “Lembro da Copa do Mundo de 2014 em que todos estavam em dúvida se haveria audiência nos cinemas. Aí entrou em cartaz o filme ‘A Culpa É Das Estrelas’ que bombou. Quem sabe isso pode acontecer agora? Precisará ter um filme da virada e isso pode ser um filme médio”, explicou Pereira.

Fazer previsões ainda é difícil, mas, uma coisa é certa, a indústria do audiovisual nunca precisou tanto da união de todas as frentes, e cada vez mais caminha para o modelo de economia colaborativa. “O mindset dos executivos da exibição e distribuição vai mudar muito e vai precisar entender de que a economia colaborativa vai prevalecer quando tudo isso acabar. Há muita oportunidade de parcerias, tanto no mercado produtor, exibidor e distribuidor. E precisamos assumir que não sabemos de tudo, até porque tudo vai mudar”, finalizou Pereira.

O próximo webinário receberá Fábio Cesnik e Roberto Jucá do escritório Cesnik, Quintino e Salinas Advogados, especializados em direito de entretenimento. O tema será “Questões jurídicas em tempos de pandemia e pós-pandemia”.

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