14 Fevereiro 2020 | Renata Vomero
Análises apontam possíveis fatores para atual performance de "Aves de Rapina" nos cinemas
Produção da Warner entregou resultados de bilheteria abaixo do esperado
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Com os atuais resultados de Arlequina em Aves de Rapina (Warner) abaixo do esperado pelo estúdio e pelos especialistas em bilheteria, começam a surgir algumas análises do que poderia ter causado essa lacuna, não só com relação ao estimado e ao real, mas também entre a boa recepção do filme pela crítica e seu resultado de arrecadação no mundo todo.
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Os analistas da imprensa estrangeira apontam alguns fatores como os possíveis causadores desse resultado. O primeiro deles é o fato de o filme ser R-Rated (Nos EUA representa que só pessoas acima de 17 anos podem assistir ao filme), no Brasil a sua classificação etária é de 16 anos. Quanto mais se restringe a idade do público, obviamente, menos pessoas devem ir ao cinema conferir a produção. No entanto, parece que houve, neste caso, um deslize de análise, já que as pesquisas de tracking apontavam um certo número de pessoas indo ver o longa nos cinemas e esse número não foi correspondido, o que gerou a confusão e a lacuna entre estimativa e realidade. Ao que parece, a personagem Arlequina e todo o seu universo são um grande atrativo ao público mais jovem, que não está sendo permitido pelos pais de ir ver o filme. Segundo informado pelo IndieWire, os adolescentes que estão conseguindo ver o longa, são aqueles que estão dando as maiores notas à produção.
Ao que parece, a própria Margot Robbie, também produtora do longa, queria que o filme fosse para maiores, para assim conseguir fazer um retrato mais assertivo da personagem, com maior liberdade. Assim como a Marvel trabalha em Deadpool (Disney) e que dá bons resultados. No entanto, o estúdio estava resistente a isso, já que, segundo histórico, adaptações de quadrinhos costumam performar melhor quando voltadas ao público jovem.
Outra questão que vem sido bastante discutida nesta semana é sobre o título, que oficialmente era Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa, e agora está sendo divulgado como Arlequina em Aves de Rapina (Harley Quinn: Birds of Prey). No Brasil, a mudança foi feita antes mesmo de o filme estrear, justamente pela eficiência da equipe nas pesquisas de tracking aqui no Brasil. A grande discussão que a imprensa vem trazendo é que o filme é focado na Arlequina, apesar de apresentar as novas personagens de Aves de Rapina, e a personagem já é grande conhecida e querida pelo público, por conta de Esquadrão Suicida (Warner), lançado em 2016. Talvez a tentativa de descolar a história de seu antecessor e com isso, tentar tirar o foco de Arlequina, pode ter sim prejudicado o pré-julgamento ao filme.
Além disso, as personagens não são conhecidas pelo grande público, o que, claro, pode afetar o resultado do filme na bilheteria, já que o título enfatizava essas novas personagens, assim como parte dos materiais de divulgação da Warner.
A produção está agora com 79% de aprovação no Rotten Tomatoes na nota da crítica e 80% na nota do público. Com um marketing focado no público feminino, mas também abrangendo o público masculino (cerca de 53% da audiência do filme na América do Norte), a Warner também se apoia nessa segunda semana no boca a boca para que o filme ganhe força. Com valor de US$82 milhões para ser feito, a produção já arrecadou no mundo todo US$95 milhões (segundo informado hoje, 14 de fevereiro, no Box Office Mojo).
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