14 Fevereiro 2020 | Fernanda Mendes
Coronavírus provoca perdas no setor audiovisual de outros países asiáticos
Coreia do Sul e Hong Kong começam a sentir os impactos
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A proliferação do Coronavírus na China, deixando já mais de mil mortos e 44 mil infectados, está, obviamente, impactando na economia do setor cinematográfico que perdeu milhares de espectadores e também teve cerca de 70 mil cinemas fechados.
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Mas, o vírus não está assolando apenas a China, e sim, toda a Ásia. Em Hong Kong, território autônomo no sudeste da China, onde o número de infecções permanece relativamente baixo (50), o 44º Festival Internacional de Filmes foi adiado para agosto, mas sem datas anunciadas. Inclusive, outro evento, o Filmart, dedicado ao mercado de filmes e televisão, também foi adiado para 27 a 29 de agosto. O evento aconteceria agora em março.
Na Coreia do Sul diversas estreias também foram adiadas e a venda de ingressos caiu 10% comparado a primeira semana de fevereiro.
Voltando à China, por lá os exibidores se preocupam, mesmo quando a infecção da população for contida, pois acreditam que irá demorar para o público recuperar a confiança e voltar a visitar cinemas, já que as maiores chances de contaminação do Coronavírus acontecem em lugares fechados.
“O governo precisará fazer alguma coisa para ajudar os cinemas a ficarem vivos”, contou ao The Hollywood Reporter, Jimmy Wu, CEO do Lumiere Pavilions, complexos de cinema com outlets em diversas cidades chinesas. Para o executivo um dos primeiros passos necessários será diminuir taxas e impostos dos ingressos, que acabam abaixando o valor arrecadado pelo exibidor. “O governo provavelmente também terá que oferecer um fundo de emergência para nós”, completou.
É claro que as distribuidoras e produtoras também estão sentindo a crise, com sete dos maiores lançamentos do Ano Novo Chinês sendo adiados. Não só as distribuidoras locais, mas as de Hollywood também estão sentindo falta das rendas geradas pela China em seus lançamentos. É o caso das estreias de Dolittle (Universal), Jojo Rabbit (Disney) e 1917 (Universal) que seriam lançados em fevereiro e tiveram suas datas reagendadas.
Uma proposta informal que ganha força entre a indústria exige que o governo estenda o feriado do Dia do Trabalho da China em 1º de maio por vários dias, criando uma janela maior para servir para os lançamentos atrasados.
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