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18 Dezembro 2019 | Marcelo J. L. Lima e Thais Lemos

Cinépolis faz última inauguração do ano

Luiz Gongaza de Luca, presidente da Cinépolis Brasil, falou sobre o maior ano de expansão da rede

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(Foto: Cinépolis)

A Cinépolis realizou ontem (17) o evento de inauguração de sua nova unidade no Jardim Pamplona Shopping para os players do mercado. O complexo conta com cinco salas VIP, totalizando 215 lugares, sendo 10 para cadeirantes, e se tornou o 58º complexo da rede no Brasil.

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As salas têm formato stadium, poltronas reclináveis e braço removível, além de projeção digital posicionada no teto da sala utilizando o sistema lift, que dispensa o uso de cabines. Duas salas estão equipadas com 3D. O sistema de som, que inclui amplificadores, alto-falantes, servers e processadores de som, conta com tecnologia da Dolby.

Em entrevista ao Portal Exibidor, Luiz Gonzaga de Luca, presidente da Cinépolis Brasil, contou detalhes da expansão da rede no País. “Quando a crise começou e novos shoppings pararam de abrir, tivemos que começar a inventar. Fomos em shoppings em que os cinemas tinham fechado, em shoppings em que os cinemas não eram adequados, e em lugares que não eram shoppings”, explicou, usando como exemplo a unidade em Ourinhos e em Três Lagoas, localizados em strip centers, pequenos centros comerciais de rua.

A questão de nicho também é algo que a rede procura para crescer no mercado. “Aqui [Shopping Pamplona] são salas estúdios, com capacidade para cerca de 45/50 pessoas. É um cinema para atender o Jardins. Por incrível que pareça, o morador do Jardins não tinha cinema”, conta Gonzaga.

Gonzaga explicou que no local, não teria a possibilidade de fazer uma sala tradicional, uma vez que a unidade será voltada para o morador com alto poder aquisitivo da região, que provavelmente irá a pé ao cinema. “Os filmes do Oscar aqui serão um sucesso”, analisa.

No entanto, a intenção é não focar em uma programação de nicho, assim como faz o Itaú Cinemas, cinema mais próximo do novo complexo. “Vai ser uma programação diversa”, disse Gonzaga, dando exemplo a unidade de Santa Úrsula, em Ribeirão Preto. “É um dos cinemas onde o Festival de Cinema Francês vai melhor. Mas um filme popular, como Vingadores, também estoura”.

Para os próximos anos, projetos em diversas cidades estão sendo estruturadas, como Brasília, Porto Alegre e São Paulo. Na capital do País, o complexo pode contar com até 20 salas, e as obras devem iniciar em 2020. No mesmo ano, a Cinépolis inaugurará um complexo no empreendimento Pontal, em Porto Alegre. Já em 2021, o maior complexo da rede em São Paulo será inaugurado em um grande conjunto no Tatuapé. “Temos caminhado no sentido de atender as demandas, e não necessariamente dentro de shoppings”, explica Gonzaga.

Mesmo em um ano de maior expansão da rede, o líder da Cinépolis no Brasil afirmou que foram os pequenos exibidores que mais cresceram este ano, mesmo não sendo visível. “Eles [pequenos exibidores] cresceram e entenderam a deficiência que o mercado tinha no momento de crise, e eu acho que com o número de salas que elas têm hoje, se tiver uma retomada da economia, elas vão crescer muito, porque se capitalizaram”.

A rede encerra o ano com um olhar de mudanças para os próximos anos. “O ano termina em alta [de venda de ingressos e faturamento], mas não uma alta absoluta quando você fala em números de salas. A produtividade não é a mesma. No mercado brasileiro como um todo, a questão de produtividade de sala vai cair, o mercado está mudando”, finaliza Gonzaga.

A Cinépolis encerra 2019 com 58 cinemas e 427 salas, sendo 57 salas inauguradas neste ano.

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