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18 Dezembro 2019 | Renata Vomero

Que Star Wars esteja sempre com você: a construção da maior saga da história

Maior franquia do cinema encerra nova trilogia em meio a altas expectativas e grande responsabilidade

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(Foto: Disney)

Lá atrás George Lucas surgiu com a ideia de fazer uma aventura espacial totalmente inovadora, sendo desacreditado pela maior parte de seus colegas e empresas envolvidas, Lucas apostou fundo em seu Star Wars, lançado em 1977 pela Fox, que, por não acreditar no filme, deu todos os direitos ao seu criador. Resultado? Lucas ficou milionário, o que lhe deu o capital para abrir a renomada LucasFilm.

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A princípio, Star Wars (que na época não tinha o subtítulo Uma Nova Esperança) não foi bem compreendido pelos críticos de cinema, que não gostaram nada daquela história que traz um trio meio desajeitado lutando numa galáxia distante entre sabres de luz, naves e uma tal de força que dialoga com o lado sombrio, sem contar toda a discussão política que só iria se aprofundar mais no decorrer das trilogias. Mas o público abraçou a ideia e o filme faturou uma bilheteria histórica logo de cara: fez US$ 775 milhões no mundo todo. Nada mal para um iniciante e nada mal para a época.

O lançamento da sequência foi em maio de 1980 e aí a história já foi outra. Star Wars: O Império Contra-Ataca foi aclamado tanto pela crítica, quanto pelo público. O filme até hoje é reconhecido como o melhor de toda a franquia e fez bilheteria de US$ 550 milhões no mundo. Com isso, o longa que encerra a trilogia, lançado em 1983, fechou com chave de ouro a saga. Star Wars: O Retorno de Jedi, não cativou tanto a crítica e teve a menor bilheteria da trilogia, com US$ 475 milhões, mas ainda assim é um dos queridinhos do público até hoje, dando um fim ao imperador Palpatine e trazendo de volta Anakin Skywalker,  jedi por trás do maior vilão da história: Darth Vader.

No entanto, a partir de então foi anunciado que seria lançada uma trilogia prequel, que mostraria os eventos que levaram à criação do império e ao temido Darth Vader. Até hoje fazendo alguns fãs torcerem o nariz, a trilogia, lançada entre 1999 e 2008, foi marcada por bastante discussão política, pungente em Star Wars, que sempre trouxe críticas ao fascismo e ao autoritarismo. Com a trilogia indo bem de bilheteria, George Lucas não mostrava planos de retomar a história nos cinemas. 

Desta forma, já com uma legião de fãs totalmente fiel a essa história, foi criado todo um universo expandido de games, livros e séries que faziam homenagem a esses heróis da galáxia. Universo esse considerado atualmente dentro do cânone oficial de Star Wars e também fundamental para dar base à trilogia atual.

Então vamos falar sobre ela. Em 2012, a Disney comprou a LucasFilm pelo valor de US$ 4 bilhões e logo em seguida anunciou que faria uma nova trilogia. Os fãs, mesmo com medo do que viria pela frente, ficaram totalmente animados com a ideia de verem seus heróis nas telas novamente. Afinal, a nova trilogia se passaria mais de 30 anos depois da original e deveria trazer essas figuras de volta para a saga. Ou seja, veríamos Luke, Leia, Han Solo, C3-PO, R2-D2 e Chewbacca, todos em ação novamente.

Em 2015, então, chegou aos cinemas Star Wars: O Despertar da Força, e o filme fez história. Em 5 dias arrecadou US$ 300 milhões nos EUA, tornando-se a maior abertura de todos os tempos. Aliás, a produção também figura entre as maiores bilheterias da história, com um total de US$ 2 bilhões arrecadados.

Mas a inovação não para apenas nos números. A Disney, já antenada nas novas demandas do mercado e da sociedade, trouxe para as telas uma protagonista feminina que tem uma forte relação com a força, junto a ela um jovem negro, antigo stormtrooper (soldados do império e da primeira-ordem) e pronto para lutar pela resistência. Para comandar os combates aéreos contra a primeira-ordem (nova ordem vilanesca da saga), um piloto latino. São eles os atores Daisy Ridley, John Boyega e Oscar Isaac, que representam as novas caras de Star Wars, ainda junto da asiática Kelly Marie Tran, que sofreu diversos ataques racistas desde sua aparição em Star Wars: Os Últimos Jedi, lançado em 2017 e com bilheteria de US$ 1,3 bilhão.

Com todo o sucesso da nova trilogia, com spin-offs entre seus lançamentos e a grandeza do licenciamento dos produtos, agora, a trilogia se encerra e promete evidenciar a importância dos Skywalker para a saga, que se iniciou com Darth Vader, passando pelo Luke e agora com a Leia, cuja intérprete, Carrie Fisher, faleceu em 2016, deixando os ânimos ainda mais emotivos entre equipe e fãs. O tom é de despedida, mesmo a Disney já tendo anunciado filmes da saga na próxima década. Despedida de uma história feita no cinema, tanto em termos de narrativa, quanto de mercado. Star Wars se mostrou uma máquina de sucesso e garantia de bom entretenimento dentro das salas de cinema.

Star Wars: A Ascensão Skywalker chega aos cinemas no Brasil nesta quinta-feira (19) e nos EUA no dia 20 com a responsabilidade de satisfazer todos esses fatores fundamentais no desenvolver da maior franquia da história do cinema e de fazer jus a essa história construída pouco a pouco no passar desses anos.

Agora, nos resta saber para que lado vai a força. Mas independente de onde, que Star Wars esteja sempre com você!

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