05 Dezembro 2019 | Fernanda Mendes
Autores do documentário de Chorão falam sobre o projeto na CCXP19
Filme estreia em 2020 e conta com depoimentos inéditos
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Com estreia prevista para o ano que vem, o documentário com distribuição da O2, Chorão: Marginal Alado, tem direção de Felipe Novaes e roteiro e produção de Hugo Prata.
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Em painel nesta quinta-feira, dia 5, na CCXP19, o diretor e produtor falaram sobre a obra que que não foi fácil de conceber já que o ex-vocalista do Charlie Brown Jr. tinha dois lados muito latentes: o bem e o mal. “Óbvio que o lado mal era o que ocupava as manchetes”, explicou Prata.
Não só por essa personalidade forte, a obra também foi difícil porque é uma trajetória vasta e importante no mundo da música. A ideia, então, foi mostrar seu talento como compositor e as angústias pessoais que o levaram ao falecimento. Tudo sem censura. “Foi um exercício de desapego porque o Chorão é muito rico de história e contradições, mas a medida em que fomos entendendo o que queríamos contar, as coisas foram sendo delineadas e o projeto foi tomando vida própria”.
O filme conta com muitos depoimentos com histórias inéditas e bastante curiosas. Lá estão João Gordo, Sarah Oliveira e até mesmo Champignon, ex-baixista da banda que se matou meses depois do falecimento de Chorão.
Prata conta que, quando conheceu Chorão, o cantor lhe disse que pagava um menino para gravar os momentos de estrada e shows da banda. São mais de 700 fitas desse acervo de imagens. Quando o diretor do documentário entrou em contato com Prata, era óbvio que eles iriam atrás desses vídeos. E conseguiram por ajuda do filho do cantor, Alexander Abrão, que acompanhou muito de perto o projeto.
Com uma trajetória bastante polêmica, os autores de Chorão: Marginal Alado não quiseram glamuralizar a história do cantor, mas sim, mostrar a verdade e colocar em debate esse assunto, afinal Chorão marcou a adolescência de muitas pessoas e continua ainda com muita relevância. “Vai fazer sete anos que ele morreu, mas Charlie Brown ainda é a primeira ou segunda banda de rock brasileiro a ser mais ouvida no Spotify. Uma banda se manter relevante assim por tanto tempo nesse cenário é porque tem que vir de algum lugar verdadeiro”, finaliza Prata.
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