25 Novembro 2019 | Renata Vomero

Análise prevê queda na bilheteria norte-americana até fim de 2020

Com queda, estudo prevê diminuição das ações das redes exibidoras

Em uma análise realizada por Eric Wold da B. Riley FBR, empresa da análise financeira Norte-Americana, foi estimada uma queda de arrecadação dos cinemas norte-americanas até o fim de 2020. Este ano está contando com grandes recordes de bilheteria, no entanto, na região, ainda assim está havendo uma queda de arrecadação de 6% com relação ao ano anterior.

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Com esperança de um crescimento com o lançamento agora no fim do ano de Frozen 2 (Disney), Star Wars: A Ascensão Skywalker (Disney) e Jumanji: Próxima Fase (Sony), o analista acredita que 2019 fechará com uma queda de 4% de bilheteria, que deve ser seguida por outra queda em 2020. Com esse declínio, o analista também apontou que deve haver uma diminuição nos valores das ações das redes exibidoras, classificando, inclusive, as ações da Cinemark como “neutras” para os investidores.

"Estamos revisitando nossa cobertura sobre os exibidores enquanto nos aproximamos da parte mais importante da lista de filmes do quarto trimestre de 2019. No entanto, como a bilheteria trimestral caiu 14,7% após resultados fracos de Doutor Sono (Warner), O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Disney) e As Panteras (Sony), agora acreditamos que as bilheterias do quarto trimestre podem encolher relativamente em relação às expectativas. Isso pode levar a um declínio de bilheteria em todo o ano de 2019 em torno de 4%”, explicou o analista na divulgação de seu relatório intitulado “Consecutive Annual Box Office Declines Could Pressure Valuations Into Mid-2020”.

Com relação a 2020, a perspectiva de Wold também não é muito animadora, dada a sua observação do calendário do ano que vem. Principalmente, com a mudança de Avatar 2 (Disney) de 2020 para 2021, que era um dos grandes lançamentos do ano que vem. Com essa possibilidade de queda nas arrecadações, o analista aponta para a possibilidade de também uma diminuição de investimentos no setor de exibição, que vai se mostrar menos rentoso para os investidores.

Com isso, ele mudou a classificação das ações da Cinemark de “compre” para “neutra”, acreditando que as ações da rede devem cair de US$ 46,50 para US$ 37. Quanto a Imax, Wold, manteve a classificação “compre”, mas também apontou uma queda nas ações da rede de US$ 34 para US$ 30. O mesmo aconteceu com a análise sobre a AMC Entertainment, que deve apresentar diminuição de US$ 19 para US$ 15.

Apesar das quedas de arrecadação previstas, Eric Wold se mantém otimista quanto ao setor de exibição. “Continuamos positivos nas perspectivas de longo prazo para o setor de exibição e acreditamos que a maioria das preocupações dos investidores/da mídia em relação ao aumento da concorrência no streaming foram equivocadas e reconhecemos que muitas vezes há sucessos e fracassos na bilheteria”, finalizou.