12 Novembro 2019 | Renata Vomero

Disney+ chega hoje ao mercado aquecendo a guerra entre os streamings

Serviço é lançado nos Estados Unidos, Canadá e Holanda

Hoje foi dada a largada para a corrida dos streamings com o aguardado lançamento do Disney+ nesta terça-feira (12), nos Estados Unidos, Canadá e Holanda, custando US$ 6,99. O streaming foi lançado tendo no seu catálogo inicial cerca de 500 filmes e mais de 7,5 mil episódios televisivos, entre eles títulos da Disney, Pixar, LucasFilm, Marvel e Fox. Além disso, algumas das novas produções já prometidas, como The Mandalorian, spin-off de Star Wars, High School Musical: The Musical: The Series e The World According to Jeff Goldblum, da National Geographic, a comédia natalina Noelle, de Anna Kendrick, Marvel’s Hero Project, entre outras;  Incluindo também o aguardado live-action de A Dama e o Vagabundo, que já conta com análises na internet.

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“O lançamento do Disney + é um momento histórico para nossa empresa e marca uma nova era de inovação e criatividade”, disse Bob Iger, CEO da Disney, em release divulgado para a imprensa.

O streaming da Disney entra no mercado com grande investimento por parte da companhia, que deixou de licenciar seus produtos para outras plataformas, como Netflix e Amazon Prime. E realmente está se arriscando, já tendo gastado cerca de US$1 bilhão este ano para produções originais e deve, no ano que vem, gastar em torno de US$ 2,5 bilhões com novos títulos para a sua plataforma, ao passo que deixará de receber o dinheiro dos licenciamentos. No entanto, isso não deve assustar a empresa, já que, segundo estudos, o número de assinantes do serviço deve chegar a 101 milhões até 2025, o que representa o maior crescimento entre todos os streamings, que juntos, devem acumular cerca de 500 milhões de assinaturas. Ainda assim, a Netflix deve se manter com a maior fatia do mercado, com cerca de 250 milhões de assinaturas.

Segundo Bob Iger, a estratégia da companhia não é a de bater de frente com a Netflix em termos de volume de produções e forma de lançamento. Já que as séries devem contar com lançamentos semanais, às sextas-feiras (começando a partir do dia 15), e não toda de uma vez, como faz a concorrente, e os novos títulos devem respeitar uma grade de programação já planejada para o primeiro ano. Para tal, a Disney fortaleceu seu departamento de negócios “direct-to-consumer” o colocando nas mãos de Kevin Mayer (favorito a suceder Bob Iger depois de sua aposentadoria programada para acontecer em 2021). Em uma apresentação para a imprensa, o executivo afirmou a mudança de posicionamento da Disney com o lançamento do streaming. “Acreditamos que a integração vertical nessa parte da cadeia em que somos varejistas nos proporciona o melhor crescimento e valor a longo prazo para os acionistas. Fizemos uma avaliação muito cuidadosa disso. ... Essa é a escolha que fizemos”, comentou, referindo-se ao fato de que com o streaming, a Disney, como diz o próprio nome do departamento de Mayer, passa a se relacionar de maneira muito mais integrada com os próprios clientes, deixando de lado, dessa forma, intermediários.

Sendo lançado hoje, os executivos da companhia afirmaram que o Disney+ ainda deve evoluir muito em termos técnicos e de usabilidade, já que a versão atual ainda se aproxima muito da Beta já colocada em prática na Holanda. A plataforma ainda deve passar por mudanças até ter o seu lançamento mais expandido. Em 19 de novembro, o serviço será disponibilizado na Austrália, Nova Zelândia e Porto Rico; e em 31 de março na Europa Ocidental. No Brasil, o serviço está programado para chegar no segundo semestre de 2020, ainda sem data confirmada. Uma parte dos conteúdos pode ser vista em 4K Ultra HD.

Produção

As primeiras críticas ao filme live-action de A Dama e o Vagabundo já começaram a surgir entre a imprensa norte-americana. Para o IndieWire o filme não é tão grandioso, quanto os que vem sido lançados para os cinemas, sendo, segundo o site, perfeito para quem está à toa navegando pela plataforma, sem nada para assistir. O IGN concorda que o filme é feito para streaming, sem ser uma grande produção, mas ainda é charmoso e fofo, o veículo deu nota 6,8 de 10. No Rotten Tomatoes o filme está com aprovação de 66% da crítica e 67% do público.