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17 Outubro 2019 | Thais Lemos

Produzido e estrelado por brasileiros, "Wasp Network" ainda não tem data de estreia no Brasil

Filme retrata a vida de agentes secretos do governo cubano na década de 1980

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(Foto: Portal Exibidor)

O longa Wasp Network, dirigido pelo francês Olivier Assayas, abriu ontem (16) a 43ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em coletiva para a imprensa, parte do elenco, o diretor e Rodrigo Teixeira, produtor do filme, estiveram presentes para dar mais detalhes sobre a produção do longa, que ainda não tem data de estreia marcada no Brasil.

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O produtor explicou que ainda não há uma distribuidora confirmada no Brasil, mas que o filme será lançado em salas de cinemas nacionais. “Ainda não temos o título em português, pode ser que tenhamos um título mais próximo do livro de Fernando Morais”, completou. O longa é baseado na obra Os Últimos Soldados da Guerra Fria, que retrata a história de um grupo selecionado de agentes secretos criado pelo governo cubano na década de 1980 para se infiltrar em organizações contrárias a Fidel Castro, em Miami, nos Estados Unidos.

“Quando Rodrigo me deu o livro de Fernando Morais para ler, eu achei a história muito forte e eu fiquei interessado no lado humano da história. Eu me dediquei mais nessa parte humana, emocional, de uma história real desses espiões”, declarou Assayas. Rodrigo Teixeira contou que está envolvido na história desde quando o livro era apenas uma ideia. “O Fernando me convidou para financiar a pesquisa do livro, que saiu em 2012. Eu fui procurado por muitos diretores brasileiros querendo fazer o longa, falando quais os possíveis atores podiam participar”, relembrou. Então, o produtor apresentou a narrativa para o francês. “Ele não mencionou o nome de nenhum ator naquele momento, ele explicou como queria fazer o filme e perguntou se eu concordava com a visão”, disse Teixeira, após mencionar que Assayas deu um valor a obra de Morais que, até então, nenhum outro diretor tinha dado antes.

A princípio, o projeto teria uma grande parte de diálogos em inglês, mas o cineasta ressaltou a importância de ter atores latino-americano, uma vez que queria preservar as características originais da história. Fazem parte do elenco o brasileiro Wagner Moura,

o venezuelano Édgar Ramírez, o argentino Leonardo Sbaraglia, o mexicano Gabriel García Bernal, a norte-americana Adria Arjona, a espanhola Penelope Cruz e a cubana Ana de Armas.

Para o ator venezuelano, a temática do filme foi um desafio. “Eu venho de um país que foi destruído pela ideologia. Foi desafiador, mas isso que se trata meu trabalho. Para mim, foi um exercício de empatia muito grande”, relata. O ator dá vida a um piloto da aeronáutica, e afirma que esse papel permitiu vivenciar muitas aventuras. “Foi legal e ao mesmo tempo muito emocionante”.

Mesmo passando apenas duas semanas em Cuba para as filmagens da história, Leonardo Sbaraglia sentiu uma forte conexão com os seus colegas, tanto os atores quanto a equipe das filmagens. “É um grande personagem e foi muito bonito trabalhar com Édgar, Olivier, Wagner [Moura]. Disfrutamos da enorme caridade humana e artística, assim como a devoção de toda a equipe de filmagem cubana”, afirmou. “Esse filme também foi a representação de um trabalho de equipe. Foi uma experiência emocionante”.

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