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16 Outubro 2019 | Fernanda Mendes

Edward Norton declara: "Os cinemas estão destruindo a experiência cinematográfica"

Para o ator, os exibidores não estão entregando o que prometem em tecnologia e qualidade

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(Foto: Reuters)

Muito se fala da experiência inigualável que o cinema pode oferecer aos espectadores. Inclusive, Steven Spielberg é um defensor ferrenho das salas escuras. Mas o ator Edward Norton parece discordar deste ponto de vista.

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Em uma entrevista ao The Daily Beast o veterano de Hollywood contou que acredita que os cinemas “estão destruindo a experiência cinematográfica”. Apesar da declaração polêmica, a entrevista de Norton foi durante a divulgação de Brooklyn – Sem Pai Nem Mãe (Warner Bros.) que ficará em cartaz nos cinemas a partir de 2 de novembro nos EUA e chega no Brasil no dia 21 do mesmo mês.

O ator explicou ao jornal o porquê de sua insatisfação com os exibidores. Para ele as redes não investem o suficiente em tecnologia que possa atrair os espectadores. “Muitos produtores e cineastas que eu conheço que foram buscar informações sobre isso, me disseram que mais de 60% dos cinemas americanos estão executando seus projetores com quase metade da luminosidade exigida pelo contrato. Também têm um som horrível, imagens escuras e ninguém está reclamando com eles sobre isso”.

Inclusive, ele contou que quando foi testar a exibição de seu novo filme em um cinema teve mais uma decepção. Segundo ele, o complexo estava exibindo Capitã Marvel (Disney), que a exigência para a projeção é de uma especificação de 14 footlamberts (medida de quantidade luz disparada de um projetor), mas o cinema estava rodando o filme com uma especificação de 6,2.

Para Norton se os cinemas entregassem o que realmente prometem em experiência, as pessoas poderiam sair mais de casa. “Eu quero que as pessoas literalmente vão aos cinemas para falar com o gerente: ‘Se essa imagem estiver escura, eu quero que me devolva o dinheiro, porque estou pagando por isso’”. Neste sentido, o ator acredita que a Netflix está fazendo mais para preservar a experiência cinematográfica do que os próprios cinemas.

“Se eu discordo de alguém, com todo o respeito, esse alguém é o Steven Spielberg. A Netflix investiu mais em Roma do que qualquer outro estúdio poderia ter feito. Eles colocaram um filme em língua espanhola em preto e branco em milhares de cinemas do mundo”.

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