10 Outubro 2019 | Renata Vomero
Estúdios optam por lançamento em streaming para evitar possíveis fracassos de bilheteria
Estratégia está sendo vista como aposta segura de algumas companhias
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O portal The Hollywood Reporter fez uma análise em sua última edição da revista em que traz uma perspectiva a respeito de como os estúdios estão optando por lançar os filmes que não são grandes blockbusters no streaming ao invés de encarar um possível fracasso de bilheteria nos cinemas.
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Como ponto de partida, o veículo usou o recente o caso da Sony com a franquia de He-Man, que está sendo desenvolvida a anos e agora pode chegar apenas na Netflix. Apesar de estar programado para ser lançado em março de 2021, Masters of The Universe talvez esteja sendo pensado por Tom Rothman, presidente do estúdio, para não encarar os riscos da bilheteria e ser negociado no serviço de streaming.
Segundo fontes que falaram exclusivamente com o The Hollywood Reporter, a Sony pode ser o próximo estúdio, depois da Paramount, a vender alguns títulos exclusivamente para essas plataformas.
Esse parece ser, portanto, um dilema dos estúdios, que podem fazer um acordo seguro com esses serviços e perder a chance de ter um filme no cinema, que possa a vir fazer sucesso e em seguida entrar com mais valor de venda nessas plataformas, ou fazer direto como a Paramount fez recentemente com The Cloverfield Paradox, que foi anunciado no Super Bowl para em seguida entrar no catálogo da Netflix, sem lançamento nos cinemas. Da mesma forma a A24 fez um acordo de longo prazo com a Apple no ano passado.
Segundo a matéria, até a Warner tem planos semelhantes, apesar de estar criando agora seu próprio streaming, o HBO Max. A Disney também já anunciou seus planos de lançamento para o Disney + e parece que deve se apoiar em estratégia semelhante, lançando no cinema seus grandes blockbusters das franquias de Star Wars, Marvel e Pixar e deixando para o streaming os títulos menores relacionados a essas mesmas marcas.
No caso da Sony, aparentemente, eles têm um estoque de filmes que devem direcionar para esse tipo de lançamento, inclusive, essa pode vir a ser uma boa estratégia para a própria Netflix, que se com o surgimento dos novos serviços dos estúdios, está perdendo parte de seu catálogo, então, está em busca de novas produções e investimento em suas próprias.
Parte dessa estratégia do estúdio se deu devido a MIB: Homens de Preto - Internacional, que performou abaixo do esperado e ainda obteve um alto gasto com marketing e divulgação. No entanto, a Sony também contou este ano com o bom resultado de Homem-Aranha: Longe de Casa e Era Uma Vez Em... Hollywood, o que pode equilibrar a balança e fazer o estúdio repensar seu plano.
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