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25 Novembro 2020 | Redação

"Soldado Estrangeiro" estreia nos cinemas dia 3 de dezembro

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Três jovens brasileiros vivem diferentes estágios de uma mesma escolha: fazer parte de um grande exército de uma nação estrangeira. O documentário Soldado Estrangeiro, de José Joffily e Pedro Rossi, acompanha a vida e desvenda as motivações individuais desses três soldados. Produzido pelo Coevos Filmes, com distribuição da Bretz Filmes, o longa participou do Festival É Tudo Verdade e do Docs MX - Festival Internacional de Documentário da Cidade do México, em 2019. A estreia nos cinemas está confirmada para dia 3 de dezembro de 2020.

O primeiro personagem apresentado no filme é o aspirante Bruno Silva, carioca da periferia do Rio de Janeiro. Ele deixa a família para trás, junta todas as suas economias e parte para França, sem falar o idioma local, com a intenção de realizar o sonho de servir na Legião Estrangeira. Com exclusividade, o filme registra o rigoroso processo de seleção da unidade militar de elite.

Já o combatente Mário Wasser é um jovem da classe média paulista. Serve ao exército israelense, em uma base militar na Cisjordânia. O mais jovem dos três parece ser também o mais bem adaptado e confortável na função, fluente em hebraico e usufruindo dos benefícios que o exército oferece, como casa e estudo.  

O terceiro brasileiro é o veterano Felipe Nascimento, que vive atualmente em Nova Iorque. Ele saiu do Brasil para servir como fuzileiro naval no exército estadunidense. O ex-combatente, que atuou na Guerra do Afeganistão, não esconde, no entanto, as marcas deixadas pela guerra.  

“Em ‘Soldado Estrangeiro’ uma certeza nos orientava: fazer um filme antibélico. Dúvidas de como fazer, onde ir e com quem conduzir a narrativa eram às vezes desconcertantes. Mas estávamos convictos do norte a seguir. Nossas teorias eram confrontadas a todo momento por Bruno, Mario e Felipe. Fosse para sair da Baixada Fluminense e melhorar de vida na Legião Estrangeira, defender ideias genéricas na Cisjordânia ou se afirmar como um veterano nos Estados Unidos, as escolhas dos três conduziam o filme para uma guerra estranha a nós, seus conterrâneos”, explicam os diretores José Joffily e Pedro Rossi.

As histórias do filme, contadas de forma independente, são pontuadas com citações do livro “Johnny Vai à Guerra”, de Dalton Trumbo, romance de 1939, que lança luz sobre os ideais antiguerra e sobre a humanidade. A edição de Soldado Estrangeiro é da premiada montadora Jordana Berg.

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