04 Outubro 2018 | Fernanda Mendes
Financiamento para acessibilidade e prorrogação do VPF são assuntos de debate
Painel na Expocine18 recebeu Aexib, ANCINE, Quanta/DGT e comScore
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O mercado exibidor brasileiro quer crescer. E para isso a união é mais do que necessária. Pensando nisso, diversos exibidores de pequeno e médio portes estão organizados na Aexib, Associação dos Pequenos e Médios Exibidores. A instituição, que se reestruturou no fim do ano passado, está com um estande na Expocine18 e também mediou um debate sobre os desafios do mercado na tarde desta quinta-feira, dia 4.
Marcos Alexandre, presidente da Aexib, abriu a apresentação. “Queremos diminuir os custos a todo custo. A ideia é levar para os pequenos e médios exibidores o benefício da economia de escala”. Em entrevista ao Portal Exibidor, o presidente contou que a associação já fechou parcerias com a Soluplex, Velox Tickets, Tonks, dentre outros.
Além disso, haverá debates constantes com os associados – que já são 300 até o momento – para entender as pautas importantes e dar continuidade às questões. A participação nas votações terá um peso igualitário desde quem possui 1 sala, até o exibidor de 30 telas.
Dados
A apresentação também contou com um panorama apresentado por Melanie D. Schroot, da comScore. Atualmente o Brasil conta com 818 complexos e mais de 3.300 telas. No entanto, a bilheteria deste ano não foi tão boa assim, contabilizando uma queda de 12% em comparação a 2017.
Hoje, a participação de mercado dos pequenos e médios exibidores totaliza pouco mais de 14%, sendo que a maior concentração dos complexos se encontra no estado de São Paulo com 35%.
“Estou à disposição para ajudar vocês com estudos, informações e análises. Gostaria de saber se essa divisão reflete ou não a realidade que vocês vivem”.
VPF
Em seguida, a Suzana Lobo, da Quanta/DGT apresentou a atual situação do VPF. A integradora, que possui a maioria dos exibidores em sua rede, passou por diversos obstáculos para colocar o projeto em andamento. Questões como alta do dólar e crise da receita federal contribuíram para atrasar a implementação do VPF.
Agora que a ANCINE prorrogou os pagamentos até 2021, o mercado precisa do apoio das distribuidoras. Caso esse contrato não seja aceito por parte das distribuidoras, a Quanta/DGT prorrogará o contrato até 2023, com um aumento de R$ 1.100 por mês para o exibidor. “Contamos com vocês para conscientizarem os distribuidores da importância do programa do VPF, e a necessidade para o mercado e os benefícios que os próprios distribuidores já tiveram”.
ANCINE
O diretor-presidente da ANCINE, Christian de Castro, fechou a apresentação mostrando algumas questões que a agência já está dando andamento. Confira algumas abaixo:
- Cotas de Tela: “No Brasil há uma sala para 60 mil pessoas. É um gargalo grande. Nas discussões da cota de tela, eu conheci essa luta do pequeno exibidor. A cota de tela pega muito mais o pequeno exibidor, porque muitas vezes o filme brasileiro nem chega lá na ponta da exibição. O produto internacional chega muito mais rápido. Gera um problema de fiscalização para nós também. Trabalhamos pela mudança da feição da cota de tela, conseguimos que passasse a ser aferida por sessão. Agora vamos ver se essa cota vai subir ou diminuir a partir das próximas reuniões, é um debate aberto”.
- Acessibilidade: “Vamos prorrogar o prazo mais uma vez, pois ainda estamos vendo as condições tecnológicas. Reestruturamos as linhas de financiamento com o BNDES e BRDE que vão atender infraestrutura tecnológica, expansão e financiamento de implementação de acessibilidade. Os prazos de pagamento serão em até 10 anos”.
- PAR: “Nesse momento já aprovamos e já executamos em 30% o PAR 2016. O compromisso é liquidar daqui para o fim do ano. Imaginamos que a seleção do PAR 2017 se conclua em novembro e já pagamos este ano. Em dezembro já colocaremos em prática o novo PAR”.
- Capacitação: “Queremos promover a capacitação do empreendedor do audiovisual. Os exibidores têm que saber acessar os recursos, lidar com o financiamento, prestar contas...”
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