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03 Outubro 2018 | Thais Lemos

Jovens falam sobre hábito de ir ao cinema

Conversa na Expocine18 mostrou como eles são instigados a irem assistir um filme nas telonas

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(Foto: Expocine)

O jornalista e crítico de cinema Roberto Sadovski realizou uma palestra com jovens entre 15 e 19 anos, que falaram sobre seus hábitos de ir ao cinema e preferências para assistir filmes.

Ao serem questionados de como o cinema está presente hoje na vida dos adolescentes, quase todos responderam que o mais cômodo era esperar os filmes lançarem alguma plataforma online, do que assistir nas telonas. O fator principal para isso acontecer, é o financeiro.

“É um desgaste de tempo e de dinheiro, por isso fica difícil de ir”, disse a estudante do ensino médio, Ana Eliza Moraes, de 16 anos. Já o estudante de publicidade, Bernardo Piva, de 19 anos encontrou uma solução, “pego o dia da semana que é mais barato para ir, geralmente na terça-feira”.

Redes sociais

Atualmente, as novidades das telonas chegam aos jovens por meio das redes sociais, seja por discussões em grupos do Facebook, críticas no YouTube ou por fotos no Instagram, e mesmo assim, o filme deve ser muito bem escolhido antes de gastar o dinheiro. “Eu leio muita crítica e vejo muitos vídeos sobre o filme, assim eu consigo escolher muito bem o que vou assistir”, afirmou Bernardo.

O boca a boca também é uma maneira muito forte de atrai-los para o cinema. “Vejo o que os meus amigos estão falando. Se não tiver spoilers, é claro, eu vou ficar com vontade de assistir”, declarou Giovana Damacena, de 15 anos, estudante do ensino médio.

Filmes nacionais

Os filmes produzidos no Brasil geraram debate entre os adolescentes e as opiniões ficaram bem divididas. Ana declarou que não gosta dos filmes nacionais e tem um certo preconceito, pois “o que você vê no cinema [sobre filmes nacionais] é só comédia. E isso é chato”. Giovana concordou com a opinião de sua amiga e completou dizendo que, por conta disso, não dá vontade de assistir outros gêneros do cinema nacional.

Para Jhonatan Fernandes, estudante de publicidade, 19 anos, é preciso valorizar nossos filmes e explorá-los cada vez mais. “Eu cresci ouvindo que o cinema nacional era ruim, mas criei um blog e fui chamado pelos distribuidores para assistir os filmes independentes e vi que tinha muita coisa boa, que abordam temas importantes e nos faz refletir”, completou.

Diferencial

Quando um participante da plateia questionou se os diferenciais no cinema pesam na hora de decidir sair de casa ou ver o filme no sofá, as opiniões entre os jovens ficaram divididas. “A cadeira que sacode não faz muita diferença”, disse Vinícius e Ana completou, “tela grande ou tela pequena, isso não importa”.

“A energia dos filmes nos cinemas dá uma emoção muito forte”, finalizou Bernardo.

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