31 Agosto 2018 | Fernanda Mendes
Fornecedoras explicam detalhes das soluções de acessibilidade que apresentarão na Expocine18
Dolby e Riole/ETC aproveitam o evento para comercializarem a versão final de seus produtos
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Com o prazo chegando para cumprir a Instrução Normativa 128, que propõe implantar a acessibilidade de conteúdo para deficientes visuais e auditivos nos cinemas do País, a Expocine18 será o palco para que as empresas fornecedoras possam mostrar aos exibidores as novidades desse mercado que é novo não só no Brasil, mas no mundo.
A Dolby levará o CineAssista que oferece audiodescrição, legenda descritiva e tradução de LIBRAS simultaneamente com o filme, prometendo uma sincronia perfeita com as legendas inseridas no DCP. A solução que veio por meio de uma parceria com a Assista Tecnologia na Expocine de 2016 agora colherá seus frutos na nova edição do evento.
“A Expocine ajuda muito a gente no planejamento, em previsões, em ter análises do mercado, ver as tendências, e ajudou para nós trabalharmos na parceria com a Assista Tecnologia. Agora a nossa expectativa é reforçar durante a Expocine18 que o nosso produto é o mais completo do mercado”, conta Luciano Taffetani, gerente de vendas da Dolby para a América Latina.
Na visão do executivo os estúdios no Brasil estão trabalhando por dublagem com línguas de sinais, o que é prioridade em seu produto. “O produtor pequeno não vai conseguir o investimento de dublagem para libras”, ressalta. “Nesse caso, o CineAssista consegue tocar a inserção em um só produto integrado, uma solução 100% acessível.”
Quanto aos custos, o produto tem suporte e manutenção gratuita e a Dolby se mostra aberta a qualquer financiamento privado, por meio de fornecedores ou integradores, por exemplo.
Riole/ETC Filmes
Outra parceria que gerou frutos para a acessibilidade de conteúdo é a junção da Riole com a ETC Filmes para o ProAccess, ferramenta que disponibiliza ao usuário canais de áudio descrição, close caption, LIBRAS, e áudio assistência - esta última que potencializa os canais de diálogo para o espectador que tem baixa audição.
A Expocine18 será a principal vitrine para as empresas demonstrarem o potencial da nova solução que, inclusive, se tornou a solução padrão mundial, publicado no site da ISDCF, fórum internacional que discute questões técnicas e de desenvolvimento do cinema digital.
“Nossa intenção é divulgar ao máximo possível, fazer esse trabalho contínuo de apresentar a plataforma. Na Expocine queremos falar com o maior número possível de exibidores. É o grande encontro do mercado, então esse é o nosso foco agora”, contou Ronaldo Bettini Jr, diretor de marketing da ETC Filmes.
De acordo com o IBGE, o Brasil tem 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual, sendo que meio milhão são incapazes de enxergar. O Instituto aponta, segundo o último censo, que 5,2% da população brasileira possui deficiência auditiva – são 9,8 milhões de brasileiros, sendo que, desse total, 2,6 milhões são completamente surdos.
“O Brasil tomou a iniciativa antes dos EUA, o que foi realmente radical, surpreendeu a todos. Agora temos que mudar a forma de fazer entretenimento e conceber a tantos milhões de pessoas que estavam excluídas do cinema a alegria de compartilhar experiências e ver como é maravilhoso o cinema”, finaliza Taffetani, da Dolby.
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