27 Setembro 2017 | Vanessa Vieira
Venda online e autoatendimento: resultados muito além da tecnologia
Em painel, Expocine reuniu executivos da ConsCiência, Fandango e Ingresso.com, além de exibidoras latino-americanas
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Nesta quarta-feira (27), a Expocine 2017 recebeu seu primeiro painel de discussão com foco no papel dos totens de autoatendimento e da venda online na hora de alavancar vendas e reduzir custos de operação. Com mediação de Bruno Mezzena, diretor do Grupo ConsCiência, participaram do debate Álvaro Sedano, diretor de programação e distribuição da exibidora peruana Cineplanet; Beatriz Passos Pupo, diretora financeira da brasileira Moviecom; Mauro Gonzalez, CEO da Ingresso.com; e Sebastián Valenzuela, vice-presidente de relações com exibidores da Fandango Latam.
Apesar do foco dos benefícios dessas tecnologias para o exibidor, Sedano destacou que, para que realmente tenham algum efeito para as empresas, elas têm que primeiro ter o objetivo de melhorar a experiência dos espectadores. Para ele, o cinema não vende apenas ingressos e pipoca, mas principalmente entretenimento. Por isso, o executivo da Cineplanet comentou que a exibidora busca estar cada vez mais presente onde o espectador atual está, ou seja, na web. Além disso, a empresa desenvolveu seu próprio toten de autoatendimento, além de realizar vendas de ingresso 10% mais baratos online para incentivar a compra via web.
O executivo apresentou um panorama do Peru, que teve uma queda de público espectador na década de 1990, chegando a 4,1 milhões de pessoas em 1996, melhorando nos anos 2000 e hoje está com de 51 milhões. O mercado local atualmente conta com 97 complexos. Nesse contexto, a Cineplanet tem 35 cinemas no país, sendo a maior exibidora local. A empresa tem ainda outros 10 complexos do Chile.
Já Beatriz Pupo comentou como a Moviecom tem investido cada vez mais no online e também em incentivar a compra via totens nos cinemas. “A venda online é a melhor venda que temos. Tivemos venda própria até 2005 e agora temos parceria com a Ingreso.com e com a Velox”, afirmou. No meio online, em 2015 eram vendidos 4% dos tíquetes e hoje já são 14%, com casos de 20% em alguns cinemas. Para ela, “todos os canais de venda são válidos”. Por isso a empresa tem vídeos explicativos de utilização de seus canais de compra, enquanto no caso do ATM (autoatendimento) a Moviecom começou um processo de pesquisa em praças determinadas, sendo que em uma delas conseguiu equiparar as vendas na bilheteria e nos totens.
Já os executivos da Fandango Latam e da Ingresso.com deram foco a soluções das empresas como o Promocode, que já tem contratos fechados no Brasil (ainda não divulgados) e pretende ser vantajoso para todos os agentes do mercado. Isso porque a empresa que quiser comprar ingressos para atrelar a lançamento de produtos expõe a sua marca, os exibidores e distribuidores recebem o valor do ingresso normalmente e o espectador fica satisfeito com a promoção. Atualmente a Fandango está em 26 telas dos EUA, a Fandango Latam em mais de 4 mil telas de nove países latino-americanos e a Ingresso.com em mais de 2 mil telas no Brasil.
Da ConsCiência, Mezzena comentou a busca pela redução da taxa de conveniência e a parceria com o CineTKS, solução da Tonks que reúne em um único hotsite o acesso à compra online de ingressos para determinados filmes. O executivo destacou também que a plataforma de venda online Velox já não é mais um “projeto piloto” e conta com 900 telas no Brasil, com quase 2 milhões de entradas vendidas neste ano.
Confira a cobertura completa do primeiro dia da Expocine 2017.
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