17 Novembro 2015 | Natalí Alencar
Formatos diferenciados, uma chance para fisgar o espectador
Painéis abordam a importância de buscar na tecnologia um aliado para incrementar a experiência do cinema
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lA primeira manhã de encontros da Expocine 2015 abordou a importância e o crescimento dos formatos diferenciados, como as telas gigantes e as tecnologias de som e projeção imersivos, podem criar uma experiência cada vez mais diferenciada nas salas de cinema para atrair novos e antigos consumidores.
Moderada pelo presidente comercial da IMAX Larry O’Reilly, o primeiro painel (O papel dos formatos especiais) contou com a presença de Cesar Silva (VP da Paramount Brasil), Luiz Henrique Calil (diretor comercial da Cinesystem) e Luiz Gonzaga (presidente da Cinépolis Brasil).
Cesar Silva, da Paramount, explicou que os ingressos do formato IMAX chegam a ser responsáveis por entre 10 a 20% da bilheteria de um filme, além de ter um preço médio do ticket maior e uma taxa de ocupação superior também. “Quando um filme abre em IMAX ele tem maior impacto e a abertura também vai melhor. Logo, os resultados finais são melhores”.
“É uma experiência diferente. Conseguimos cobrar um ingresso 20% acima do tradicional, ou seja, agrega valor e é rentável ao exibidor. Além disso, ter uma sala diferenciada eleva o padrão do complexo inteiro”, afirma Calil.
Sobre o investimento, todos disseram que depende da região e da demanda. Gonzaga ressaltou que é uma questão relativa e citou como exemplo a experiência com a inauguração do Cinépolis Largo 13, que teve que criar na comunidade local o desejo e o hábito para frequentar as salas.
Gonzaga citou que o custo de uma sala de cinema no Brasil chega a ser 80% maior do que a índia, 60% maior do que o México, chegando a ser quase o mesmo do que nos EUA, sendo que o preço do ingresso é muito menor, o que certamente dificulta investimentos em novas tecnologias.
César também acrescentou que as distribuidoras fazem campanhas massivas para divulgar os filmes em formatos diferenciados, mas que também é preciso criar uma cultura do espectador, mostrar para ele que a experiência proporcionada por esses formatos é algo completamente diferente do que a que ele encontraria em casa, por exemplo.
No caso do lançamento do último Star Trek no Brasil, a Paramount fez uma pré-especial no mesmo dia da estreia nos EUA, cerca de quatro meses antes daqui. Isso, ainda em IMAX, fez com que os fãs se sentissem lisonjeados por terem essa experiência.
O mercado brasileiro ainda tem muito espaço para crescer e embora o investimento seja alto para se ter uma sala diferenciada, o futuro caminha para isso.
“O mercado está se profissionalizando e está provado que é possível obter resultados”, afirmou Calil, da Cinesystem, que tem 24 complexos no Brasil com o formato Cinépic, modelo próprio de tela gigante.
- Confira a cobertura completa.
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