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29 Outubro 2014 | Fábio Gomes

NEC foca em projetores a laser no futuro

Empresa acredita na tecnologia mais econômica e com melhor imagem

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Jim Reisteter, general manager da divisão de cinema digital da NEC (Foto: Divulgação)

O parque exibidor quase totalmente digitalizado deve ser uma realidade no Brasil até o meio do próximo ano. Por conta disso, novas tecnologias estão ganhando cada vez mais forma e, aos poucos, aparecem para mostrar o que o futuro guarda para os cinemas nacionais. 

Uma das novidades que o exibidor deve instalar em seu cinema nos próximos anos é o projetor a laser. A próxima geração de projetores que garante uma imagem mais clara e nítida ao público deve chegar as cabines de exibição em breve e a NEC vê esse mercado como o próximo passo da empresa, que está há 44 anos no Brasil. 

A primeira grande oportunidade de todos os exibidores brasileiros conhecerem a tecnologia que deve virar uma tendência nos anos vindouros está marcada para a Expocine, convenção que reunirá também distribuidores e fornecedores de tecnologia no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, entre os dias 11 e 12 de novembro. 

Explicaremos como ele funciona, todos os seus benefícios. O componente laser dura 25 mil horas e fica praticamente cinco, seis anos sem trocar esse componente. Isso sem falar do custo de manutenção, que é muito baixo. Vamos explicar tudo o que o exibidor precisa saber”, afirmou Marcio Salvador Lustosa, Account Executive de Cinema Digital da NEC

Ao contrário dos projetores de lâmpada Xênon, o projetor laser não utiliza lâmpada alguma, o que resulta em um valor total de operação significadamente menor se comparado com o modelo antigo. Contudo, as vantagens não acabam por aqui. 

“Se não há lâmpadas, não há calor. Se não há calor, o eletrônico pode durar mais, não há necessidade de uma ventilação externa. Se não há explosão de lâmpadas, a possibilidade de precisar mandar para um técnico em Manaus e, talvez, perder a sala é menor”, explicou Jim Reisteter, General Manager da divisão de Cinema Digital da NEC. “Ele emite pouquíssimo calor. Então, ele pode ser instalado em uma cabine de projeção com um ar condicionado simples. E é muito silencioso”, completa Lustosa.  

A luminosidade é uma diferença grande em relação aos outros projetores. “Ele tem uma distribuição de luz muito mais uniforme. Se você olhar uma tela e perceber a luminosidade no canto e no meio, verá que a disposição de luz é muito parecida. Ao contrário de uma lâmpada xênon, que se você medir você terá 100% no meio e no lado chega a 60%. Parece uma tela de led grande, é um diferencial”, diz Lustosa. 

O modelo exposto na Expocine será o NC1100L, que funciona em telas de até 11 metros, uma tecnologia exclusiva da empresa. “Os outros ainda não tem essa tecnologia, pois seus projetores trabalham com telas maiores na projeção laser. O Brasil é um mercado perfeito para o nosso projetor, pois ele também apresenta o melhor custo benefício.”, explica Reisteter. 

Durante a feira, não haverá uma demonstração do projetor por falta de espaço, mas a NEC garante que fará uma exibição especial para divulgar a tecnologia, mas ainda não há data para que ele chegue ao Brasil. “Teremos uma unidade para demonstração em breve. Nós apresentamos para clientes e alguns deles avaliaram suas opções. Então, difícil dizer quando o primeiro chegará no país”, completa Reisteter. 

O futuro ao laser pertence. A NEC confirmou que nos próximos três ou quatro anos deve focar somente na venda de projetores com a nova tecnologia, que é mais econômica para o bolso dos exibidores. Mas o exibidor que não escolher o laser pode ficar tranquilo, pois a empresa se compromete a dar suporte aos projetores de Xênon. “Pelos próximos sete, dez anos ainda forneceremos suporte aos nossos projetores com lâmpada. Iremos cumprir nossas obrigações contratuais e devemos apoiá-los”, completa Reisteter. 

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