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22 Setembro 2022 | Yuri Codogno

Mapeamento das Entidades Representativas do Audiovisual Brasileiro apresenta primeiros resultados

Impressões iniciais da pesquisa foi apresentada pela primeira vez durante a Expocine 2022

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(Foto: Daniel Souza)

O último painel do terceiro dia de Expocine foi o lançamento do Mapeamento das Entidades Representativas do Audiovisual Brasileiro, que apresentou alguns dos resultados da pesquisa. Alessandra Meleiro, do Instituto das Indústrias Criativas, e Yila Gomes, mestranda da PPG-MC foram as responsáveis pela apresentação.

O estudo foi realizado pela Iniciativa Cultural – Instituto das Indústrias Criativas, com patrocínio da Spcine, e coletou informações das entidades representativas do setor audiovisual atuantes no Brasil. O objetivo era identificar os níveis de atuação das entidades em prol das políticas públicas do audiovisual, assim como identificar os impactos causados pela pandemia da Covid-19 no setor e suas perspectivas futuras.

Um ponto abordado foi que todos os estados possuem entidades representativas, porém a maior concentração se encontra em São Paulo e Rio de Janeiro. Juntos, possuem cerca de metade das representações.

Entre todas, quase 50% atuam em âmbito nacional, ou seja, dialogam com o governo federal. 26% atuam na esfera estadual e 9% apenas em âmbito municipal. Além disso, 63% das entidades tinham CNPJ, o que facilita a representação institucionalizada frente ao governo. Apesar de 37% não se encaixarem nessa questão, algumas indicaram que não tinham intenção, porque representam um corpo técnico.

O estudo também levantou o histórico de entidades. Desde 2010 há um crescimento exponencial, muito graças à lei do Seac, que ajudou os recursos a chegarem onde não alcançava antes. Porém é necessário destacar que isso é reflexo das políticas públicas, visto que na década de 1990 houve a regulamentação da lei do audiovisual e entre 2000 a 2009 teve a criação da Ancine e regulamentação da Lei 11.437, que criou e regulamentou o fomento ao Fundo Setorial do Audiovisual

67% das entidades declararam que surgiram com propósito identitário, que buscavam focar em grupos específicos e que 70% fazem ação política, mesmo que seja mobilização das bases. Além disso, 41% declarou que pouco atua na formação e capacitação, enquanto 14% não atua. Deste modo, conclui-se que mais da metade não realiza essa atividade de maneira plena.

Por fim, 75% apontou que o maior desafio para o futuro é o fomento, que foi lembrado em três aspectos: produção, capacitação e formação de público.

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