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28 Março 2017 | Vanessa Vieira

Mercado de exibição cinematográfica se torna cada vez mais global

Apresentação com foco na situação atual da indústria comemorou números recordes de 2016 e apresentou perspectiva otimista para 2017

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(Foto: Exibidor)

Em 2016, a bilheteria mundial alcançou uma arrecadação recorde de US$ 38 bilhões, com os EUA também alcançando pela primeira vez US$ 11,37 bilhões.

Esses foram os números comemorados pela National Association of Theatre Owners – NATO durante apresentação do momento da indústria no segundo dia (28) da CinemaCon 2017, realizada entre 27 e 30 de março em Las Vegas (EUA) com organização da própria NATO.

John Loeks, presidente da entidade, parabenizou todos os exibidores pela bilheteria somada, mas relativizou essa conquista. “Não devemos nos prender apenas aos dólares, mas aos milhões de espectadores que os cinemas receberam, de todas as cores e classes sociais”, comentou.

Em seguida, Dave Hollis, vice-presidente executivo de distribuição para cinema da Disney, subiu ao palco para apontar alguns números do mercado e celebrar a marca de US$ 7 bilhões de bilheteria alcançada pelo estúdio mundialmente, além da posição de Capitão América – Guerra Civil (US$ 1,5 bilhão) como filme que mais arrecadou em 2016.

O executivo contextualizou que o mercado exibidor sabe que vive em um mundo altamente competitivo e que o número de entradas vendidas não tem apresentado grandes quedas nem grandes picos, o que seria um indicativo de um mercado consolidado. No entanto, ele comemorou o aumento de espectadores em 2016 entre públicos de faixa etárias mais jovens: 18-24 anos com alta de 12% e 25-29 com 23%.

Segundo Hollis, esta é a primeira vez que o setor registra crescimento junto a esses espectadores. O que chama a atenção também para as mídias sociais, muito usadas por públicos mais jovens. “Se você quer falar com eles, use essas plataformas. Podemos vê-las como oportunidades”.

O executivo ainda reforçou o posicionamento da Disney e “de todos os grandes estúdios” de que acreditam que seus filmes devem sim ir para a telona e que esta deve ser algo “que não pode ser replicado em outro espaço”. Ele também apontou alguns dos filmes de maior sucesso em 2016, ressaltando que a entrada do chinês The Mermaid nessa lista, toda composta por longas norte-americanos, é uma prova de como o mercado de cinema está cada vez mais global.

Essa ideia, inclusive, foi defendida também por John Fithian, CEO da NATO, que apontou como a entidade participa cada vez mais de mercados internacionais. Atualmente ela conta com presença em 91 países, nos quais defende 639 empresas exibidoras que contam com mais de 65 mil telas. Quanto à China, Fithian indicou que, apesar de a bilheteria do país ter apresentado queda quando contabilizada em dólares, cresceu 3% na arrecadação em yuan, moeda local.

Do mercado internacional, ele ainda apontou que territórios como Ásia e África, por exemplo, têm visto a frequência de idas aos cinemas aumentarem. Mesmo um mercado consolidado como os dos EUA e Canadá apresentam crescimento, ainda que a longo prazo. Segundo ele, a América do Norte, entre 2001 e 2016, teve aumento de 40% em sua bilheteria mesmo passando por crise política e econômica nesse período.

E esse crescimento de bilheteria não deve parar nem nos EUA, nem no mundo. Fithian também parabenizou o setor pelos filmes que já fizeram grande sucesso neste ano como A Bela e a Fera e Logan.

Confira a cobertura completa do primeiro e do segundo dia da convenção.

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