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27 Março 2017 | Fernanda Mendes

Consultoria ressalta importância da precificação dinâmica no mercado exibidor

Durante a CinemaCon, executivos da Bain & Company mostraram estratégias para aumentar o público nos cinemas

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(Foto: Revista Exibidor)

O mercado exibidor cresceu lentamente no último ano de 2016, e uma das perguntas que rondam o mercado é: como aumentar o público nos cinemas? Isso, aliás, foi o principal tema da palestra comandada pelos executivos da Bain & Company, uma consultoria conhecida mundialmente por ajudar organizações sobre questões críticas, durante a CinemaCon 2017, que acontece entre hoje (27) a quinta-feira, dia 30, em Las Vegas.

Andre James, sócio da companhia, trouxe alguns dados bem interessantes para o público. Segundo ele, no cinema, apenas 20% das poltronas são utilizadas. Já em aviões, por exemplo, são cerca de 60% a 70%.

Para ajudar a aumentar a produtividade do mercado exibidor, James atenta para o chamado Yield Management (gestão de produção, em tradução livre), que, segundo o executivo, é um processo efetivo para maximizar resultados.

A ideia nesta estratégia, é avaliar como o negócio pode aproveitar todos os consumidores possíveis: os que desejam pagar mais e os que querem pagar menos.

Para identificar este comportamento de seu público, é necessário aplicar a análise de dados. Programas de fidelidade, serviços premium, ofertas com público-alvo e precificação dinâmica, por exemplo, são espaços para obter dados e realizar boas análises, além de oferecer a oportunidade de testar suas novas estratégias.

Stephan Zeck, executivo da Bain & Company, afirmou que após captar os dados dos usuários, para monetizar é necessário traçar uma estratégia de marketing, e também saber qual será a abordagem de preço, dando relevância a flexibilidade e a customização do serviço, também.

Aliás, a diversificação de preço é uma tendência, já que o público está cada vez mais acostumado com a flexibilização dos preços. A precificação dinâmica é uma das vertentes, no qual o cinema tem vários tipos de modelos possíveis, podendo usar preço segmentado (por localização do assento, experiência premium, etc), temporal, parcerias ou vendas por grupo.

Segundo James, esta é uma estratégia essencial para a sustentabilidade e lucratividade dessa indústria.

O executivo, no entanto, afirmou que a grande dificuldade é criar um bom valor e ainda sim, melhorar a lucratividade. Uma das soluções é oferecer desconto baseado em uma demanda já prevista, por exemplo, para compras em grupos.

Ou então, em programas fidelidade. Zeck também atenta que para programas desses serem bem-sucedidos é necessário definir os objetivos da estratégia, segmentando quem é o seu público-alvo e conseguir chamar a atenção. Outra questão importante para os programas de fidelidade serem efetivos é o equilíbrio de benefícios de longo prazo com a recompensa imediata.

Os executivos ressaltaram que a utilização de dados para aplicar estratégias novas, não é algo difícil. A análise pode ser utilizada tanto em uma rede inteira, até informações especificas de consumidores. Assim, garantem que o Yeld Management, pode trazer mais lucros para estúdios e exibidores.

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