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05 Maio 2023 | Renata Vomero

Mesmo com prejuízo, WBD cresce no streaming e prevê salto na divisão de cinema já no meio do ano

Conglomerado divulgou os números de seu primeiro trimestre fiscal

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(Foto: CinemaCon)

A Warner Bros. Discovery (WBD) divulgou os resultados de seu primeiro trimestre fiscal, que compreende o período de janeiro a março deste ano. Em termos de receita geral, a companhia registrou estabilidade, fechando o período com US$10,7 bilhões.

No entanto, a empresa ainda relatou ter sofrido prejuízo de cerca de US$1 bilhão, ou de 44 centavos por ação. Um valor bastante fora da expectativa de Wall Street, de 5 centavos por ação, e ainda mais distante do mesmo período do na anterior, em que lucrou 69 centavos por ação. As informações são do relatório do conglomerado e dos veículos The Hollywood Reporter e Deadline.

A surpresa foi a divisão de streaming – ou direct to consumer – em que houve lucro de US$50 milhões e receita de US$2,4 bilhões. Esse é um resultado que reflete um movimento que o CEO David Zaslav iniciou no fim do ano passado de reestruturar especialmente a HBO Max, cancelando diversas produções exclusivas para a plataforma, mantendo os carros-chefes de sucesso (como The Big Bang Theory e Friends) e focando no licenciamento de uma grande parte de suas produções para plataformas de AVOD, assim, garantindo um fluxo de caixa maior e aumento das receitas nestes recursos.

Os streamings da casa, HBO Max e Discovery+, bem como o canal HBO, somaram 97,6 milhões de assinaturas, um aumento de 1,6 milhão com relação ao último trimestre do ano passado. A partir do fim deste mês, no entanto, os estadunidenses terão disponível o Max, plataforma unificada da WBD, o que pode mudar o cenário, tanto em número de  assinantes, quanto na receita, já que haverá um salto nos gastos operacionais para dar conta dessa transição.

A divisão de cinema obteve receita de US$3,2 bilhões, uma queda de 7% comparado ao ano passado que contou com o lançamento de Batman, que faturou US$770 milhões globais.

No entanto, as apostas para esse segmento estão altas entre os executivos do conglomerado e mais ainda com David Zaslav. Bom, só o fato de o próprio CEO da empresa ter subido ao palco da CinemaCon na semana passada para falar sobre este braço em si já denota isso.

“Estamos comprometidos não apenas em expandir o tamanho de nossa lista de filmes no próximo ano, mas ainda mais importante, estamos comprometidos em fazer filmes excelentes, de alta qualidade e que tenham impacto”, comentou o executivo na apresentação do balanço.

Ele destacou The Flash, Barbie, Besouro Azul e Duna: Parte 2 como alguns dos títulos que já devem cumprir este papel neste ano.  Aliás, fica evidente que a DC Films é de fato a menina dos olhos para o conglomerado neste momento, ainda mais depois de toda reestruturação que o estúdio passou com a contratação de James Gunn e Peter Safran para assumirem o comando.

“Temos James Gunn e Peter Safran trabalhando muito na DC, o que será um grande catalisador de crescimento para esta empresa. Estamos muito otimistas com o estúdio. O primeiro rascunho do roteiro do Superman está pronto, Gunn está em uma missão divina com este filme. É um momento muito bom para provar com a DC que o que temos é extremamente forte e globalmente potente para um crescimento sustentável de longo prazo”, concluiu.

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