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Artigo / Comportamento

04 Maio 2020

O que será do futuro do entretenimento no pós Covid-19?

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Desde o início da pandemia da Covid-19, todos nós, em maior ou menor grau, fomos obrigados a ficar mais tempo em casa, mesmo que trabalhando ou estudando remotamente. De uma forma geral, passamos a ter novas ocupações e pouco tempo para si especialmente os que têm crianças em casa.  Assim, a indústria do entretenimento passou a ter um papel social ainda mais relevante para promover conforto, fuga ou distração face a tantas notícias com as quais nos deparamos diariamente. Citando Nietzsche, “A arte deve antes de tudo e em primeiro lugar embelezar a vida”. 

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Se por um lado os eventos esportivos foram todos suspensos, por outro temos observado um crescimento acentuado do consumo de filmes, séries, novelas e documentários, shows e principalmente “lives”, seja na TV ou nas plataformas de streaming. O Telecine, hub de cinema, teve sua audiência nos canais lineares aumentada em quatro vezes e o consumo de sua plataforma de streaming mais que dobrou. 

Liberação gradual das medidas de isolamento 

O que sabemos é que esta situação de quarentena e até confinamento ainda vai durar por algum tempo. Assim que esta pandemia estiver sob controle, as medidas de isolamento serão, aos poucos, flexibilizadas com responsabilidade e, acima de tudo, com base na ciência, tendo a vida das pessoas em primeiro lugar.  O papel da indústria de entretenimento nesse cenário continuará sendo crucial, dando acesso a diversos conteúdos e a um número cada vez maior de pessoas. No Telecine, temos nos dedicado a criar novas formas de acesso ao conteúdo e reforçamos isso ao abrir o nosso sinal de TV por 30 dias, um recorde no setor. Além disso, estendemos o período de degustação gratuito do streaming de sete para 30 dias. 

E quando tudo voltar a normal, o que vai acontecer com a indústria de entretenimento? 

Antes de mais nada, precisamos entender que o normal não será mais como antes. Teremos um “novo normal”. As pessoas e as empresas se transformaram: aprenderam rapidamente a trabalhar de forma remota e entenderam que várias das atividades que exercemos podem ser realizadas à distância. Cada vez mais fica clara a relevância dos colaboradores para a subsistência e evolução das empresas. Negócios são feitos, em primeiro lugar, pelo comprometimento e entrega de pessoas. Nunca foi tão importante saber delegar, respeitar a individualidade e momento de cada um, e confiar nas equipes. Os líderes tiveram a grande lição que o comprometimento mútuo transforma as relações, aprimora as entregas e potencializa os resultados. 

Esse novo modelo de trabalho que se impôs a partir da pandemia também provoca a reflexão sobre a importância da troca em equipe e como a proximidade com outras pessoas é capaz de gerar valor e resultados. É claro que será impossível contrapor a transformação digital impulsionada pela Covid-19 nas relações de trabalho. Porém, acredito que um aprendizado que ficará será o equilíbrio entre o trabalho remoto e o in loco. Com menos deslocamentos, será maior o tempo disponível para estar em família e, consequentemente, também teremos mais disponibilidade para o entretenimento.

Passado o período de isolamento, com a volta dos eventos esportivos, por exemplo, a tendência ao aumento exponencial no consumo de séries, filmes e “lives” voltará a despertar a atenção do público? Qual será a fatia reservada a cada uma dessas formas de entretenimento? Será que voltaremos ao equilíbrio? São perguntas para o fim desse período. 

Independentemente dessa fase completamente atípica e transformadora, vivemos um momento de desenvolvimento e grande expansão do mercado de streaming no Brasil. Baseado em exemplos de outros países, onde essa consolidação já está mais avançada, existe uma tendência que aponta a assinatura média de cinco a seis plataformas por pessoa. Com isso, streamings bem segmentados, como o Telecine: com o maior catálogo de filmes do país, reunindo mais de 2 mil opções, tendem a evoluir mais e mais em sua base de assinantes e, também, em tempo médio de consumo. 

Além disso, a nova relação com o tempo imposta pela Covid19 também impulsionou o fator experimentação, que nos trouxe uma quantidade enorme de novos usuários e um perfil novo de público, com diferentes comportamentos. Uma vez criado o novo hábito de consumo, ele se estabelece como natural. Portanto, passada a crise e com um novo normal sendo estabelecido, a indústria de entretenimento continuará a exercer seu papel social, ganhando relevância cada vez maior na vida das famílias e das pessoas. Essa é minha aposta!

Eldes Mattiuzzo
Eldes Mattiuzzo

Empreendedor, Eldes desenvolve negócios digitais voltados à inovação, e tem o objetivo de transformar o Telecine na maior plataforma de streaming de cinema do Brasil. Em sua trajetória, fundou e desenvolveu empresas de sucesso no ramo de tecnologia e finanças como a Bidu.com.br e a Youse.

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