01 Novembro 2023
Diálogos entre a programação regular e festivais de cinema
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Até hoje, 1º de novembro, o Festival mais importante do país, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, ocupa as salas da capital com a sua 47ª edição.
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Quem assistiu a alguma sessão pode comprovar que o público está marcando presença com filas, salas cheias, selfies, avaliações no Letterboxd. Cientes de que a Mostra atinge o público das regiões centrais, com poder aquisitivo mais alto do que a maior parte da população, a mobilização provocada por ela e a conexão com o público são únicas, trazendo benefícios macros e micros: para cidade de São Paulo, recebendo cineastas e profissionais do mercado internacional, até os exibidores, com chance de ter insights para a sua atuação enquanto observam o movimento do evento. Para as realizadoras do cinema brasileiro é uma oportunidade para pré-estreias e divulgação dos filmes a quente, também com chance de ter insights para a sua atuação enquanto observam o movimento do evento. No micro, o público nas salas de cinema anima-se para um café, um drink, a tradicional pipoca, uma volta no bairro distante do seu ou aquela ida a uma sala de cinema fora da sua rotina. Tudo vira uma experiência conectada ao ato de ir ao cinema. Híbrida, a Mostra aquece os streamings e faz parte da sua programação chegar a todo o Brasil, por meio dos streamings Itaú Play, Sesc e Spcine Play.
Além das sessões, o cerne de existência de todo festival, a Mostra continuou com o Mercado de Ideias, de 26 a 28 de outubro, aí sim, uma oportunidade na qual teoria e prática podem se encontrar com o objetivo comum do audiovisual.
Ainda fazem parte da Mostra lançamentos de livros, palestras, programação em realidade virtual. Atividades conectadas responsáveis por ampliar o entendimento sobre o nosso contato com o cinema. É possível dizer: essas atividades completares sempre existiram, vide os cineclubes. Sim, o que está em jogo é como o que sempre existiu convive com as novas formas, tecnologias, anseios, crise econômica e tempos – os do relógio mesmo -.
Que tenhamos bons insights para compartilhar!
Márcia Scapaticio
Jornalista e mestranda em Estudos Culturais pela USP, trabalha com cinema há 10 anos, atuando em crítica e curadoria, internacionalização do cinema brasileiro em mostras/festivais, editais, difusão audiovisual em streaming e programação.
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