14 Setembro 2021
Precisamos falar sobre o Festival de Veneza 2021
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Vamos começar pelo Júri, o grupo que avaliou os filmes da Competição desse ano para eleger os melhores.
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O presidente foi o sul-coreano Bong Joon-Ho, diretor de Parasita. E junto dele estavam a diretora chinesa radicada nos EUA Chloé Zhao, a atriz inglesa Cynthia Erivo, a belga Virginie Efira, a canadense Sarah Gadon, o diretor italiano Severio Costanzo e o documentarista romeno Alexander Nanau. Um grupo bem representado em gênero, raça e localidades, e isso refletiu na premiação.
Este é o segundo ano consecutivo que um filme dirigido por mulher ganha o Leão de Ouro, ou Melhor Filme. Ano passado foi “Nomadland”, de Chloé Zhao – que também ganhou esse ano o Oscar de Melhor Filme (primeira vez na história que um filme dirigido por mulher ganha esse prêmio em 93 anos!) e Melhor Diretora (segunda vez na história). E esse ano a escolha do Festival de Veneza foi para “L’évenement”, da diretora franco-libanesa Audrey Diwan.
Sim, não é tão ruim como o Oscar ou o Festival de Cannes, mas é muito pouco e muito triste ser apenas a sexta vez – no festival de cinema mais antigo do mundo – que um filme dirigido por mulher ganha o prêmio máximo.
E não foi só ele. O prêmio de Melhor Direção foi para “The Power of the Dog”, da renomada cineasta neozelandesa Jane Campion, e o prêmio de Melhor Roteiro para Maggie Gyllenhaal, conhecida como atriz e que estreou na direção de “The Lost Daughter”.
O processo ainda é longo, e por isso precisamos comemorar as conquistas das mulheres que estão sendo valorizadas e reconhecidas em funções de poder, pois elas estão abrindo o caminho e ocupando novos precedentes.
Barbara Sturm
É diretora de conteúdo na distribuidora Elo Company, professora do curso de planejamento estratégico no Centro Cultural B_arco e membro do coletivo Asas
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