31 Agosto 2021
Quem somos? Como operamos? Como podemos crescer?
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Embora seja muito cedo para baixar a guarda, não é muito cedo para tentar imaginar o ambiente pós-pandemia.
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A maneira como nos relacionamos, trabalhamos, compramos, investimos, aprendemos, viajamos, comemos e até mesmo como votamos está se alterando de uma forma ou de outra. Para o bem ou para o mal, aprendemos muito sobre nós mesmos, nossos estilos de liderança, nossos amigos e colegas e exercitamos nossa criatividade, comunicação, paciência, empatia e compreensão.
Nós temos que assimilar a incerteza sem ficar paralisado por ela, mesmo sendo mais fácil falar do que fazer. Este é o momento para construir alianças fora da empresa e buscar por soluções não consideradas no pré-COVID-19, para atender aos interesses dos clientes / visitantes. Nós sabíamos que fazer o “nosso melhor” era mandatório, mas atualmente “só” isso não é mais suficiente.
O efeito mais comum causado pela pandemia foi acelerar a digitalização, mas setores que dependem do contato e da interação humana, como as indústrias do entretenimento e turismo, sofreram impactos substanciais pela crise e provavelmente sofrerão por longos períodos desses choques sem precedentes. As principais exceções foram o streaming e os games.
A indústria do entretenimento, em especial cinemas, teatros e parques, já se ressente da sua frágil presença online, descobrindo que essa deficiência precisa ser trabalhada, com iniciativas que unam o presencial e online. Em contrapartida, o PredictHQ (EUA – Maio 2021) entrevistou 1.500 consumidores e, 71% estão confiantes na capacidade da vacina de protegê-los do coronavírus e estão fartos de shows e eventos virtuais, enquanto uma grande maioria (75%) está ansiosa para viajar de avião, trem e ônibus. Os entrevistados disseram que planejavam iniciar um retorno às viagens e entretenimento pré-covid em três a seis meses, após terem completado o ciclo da vacina.
Esperamos que essa recuperação seja sustentada, mas é primordial atrair e garantir investimentos suficientes nos planos de requalificação técnica e digital. Várias análises intersetoriais, que brotam na internet, indicam que os subsetores e empresas que tiveram um alto nível de preparação digital foram os que menos sofreram com a pandemia. Assim, as medidas de reposicionamento digital são uma forma de aumentar a competitividade das empresas.
A pandemia tornou o gerenciamento de terceiros mais complexo e, as políticas que podem ter funcionado antes do COVID-19 podem não funcionar na nova configuração, onde muito trabalho é executado remotamente. Os gestores já começaram a revisão das políticas de fornecimento, para determinar se existe risco de corrupção e se os fornecedores estão cumprindo as regras estabelecidas.
As organizações estão buscando por fornecedores que trabalhem em conjunto nas respostas às perguntas chaves - Quem somos nós? Como operamos? Como podemos crescer?
O tempo não está a nosso favor e essa é uma tarefa crucial para se analisar de diferentes ângulos. Todas as organizações sofreram mudanças, sendo necessária e oportuna uma boa introspecção para entender o que mudou em sua identidade corporativa, posicionamento de mercado e horizontes de médio e longo prazo.
O mais rápido e assertivo é desenvolver essa atividade em parceria com os principais fornecedores de cada frente de ação. O fornecedor olha seu cliente de fora para dentro, enquanto a organização avalia seu prestador de serviços de dentro para fora. A ótica completa, com a soma de ambas as análises é um bom caminho para encontrar as respostas que todos desejam.
É quase certo que muitas empresas perceberão a necessidade de mudar alguns fornecedores, enquanto vários fornecedores renunciarão a alguns clientes. No final todos ganham, eliminando a ilusão e a falsa sensação de bem-estar.
Luiz Fernando Morau | morau@integradora.digital
Profissional sênior em infraestrutura, desenvolvimento e integração de soluções no audiovisual, digital cinema, broadcast, games, VR, AR e digital signage. Sócio e CEO da INTEGRADORA DIGITAL
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