21 Julho 2017
Projeção a laser, o público em primeiro lugar
Não deve haver dúvida de que os lasers têm a promessa de melhorar drasticamente a qualidade da imagem nas telas de cinema
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Com a digitalização completa em toda a indústria cinematográfica e os primeiros projetores chegando ao fim de suas vidas de serviço, os exibidores logo precisarão pensar em substituir seus equipamentos.
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O VPF acabou e as inúmeras opções de escolha em tecnologia irão complicar esta decisão mais do que nunca. Uma tecnologia que está recebendo muita atenção é a projeção a laser.
Até muito recentemente, a projeção a laser só existia para auditórios ultra-premium, oferecendo uma imagem super brilhante e colorida na tela, porém com ROI (Return on Investment) questionável. Isso está prestes a mudar e o restante deste artigo irá explorar as razões pelas quais a projeção a laser RGB, em breve, se tornará dominante para as telas de cinema.
Uma das inovações mais interessantes vistas no mercado de projeção recentemente é algo chamado Laser Fósforo (LP / LaPh). Na superfície, parece uma revolução, pois nos permite criar luz de projeção branca usando apenas lasers azuis, que são baseados em uma tecnologia madura e econômica de dispositivo a laser que precisa de muito menos resfriamento do que outros lasers.
Isso permite que os fabricantes construam projetores relativamente baratos que precisam de menos manutenção do que os convencionais, especialmente porque não há lâmpadas a serem trocadas.
No entanto, existem algumas desvantagens importantes em relação à tecnologia LaPh, especialmente no cinema. Por um lado, eles tendem a desperdiçar uma grande quantidade de energia (> 50%) na conversão de luz azul para luz branca.
Além disso, a gama de cores nativas produzida por este tipo de projetor é tipicamente menor do que o triângulo Rec.709, e é particularmente deficiente nas cores críticas verde e vermelho, que são essenciais para uma imagem de aparência natural.
Não deve haver dúvida de que os lasers têm a promessa de melhorar drasticamente a qualidade da imagem nas telas de cinema. No entanto, para conseguir isso, precisamos mover a indústria para projetores a laser RGB. Nesses projetores, a luz vem da combinação de luz laser vermelha, verde e azul de uma maneira precisa que pode cobrir até, e incluindo, a gama de cores Rec.2020. Ao mesmo tempo, ter lasers vermelhos e verdes significa que não há absolutamente nenhuma perda de eficiência de conversão que é observada em projetores LaPh. Se mais luz vermelha é necessária em um projetor a laser RGB, simplesmente mais lasers vermelhos poderiam ser adicionados. Na verdade, um sistema laser RGB é 4-5 vezes mais eficiente do que um projetor LaPh na conversão de luz laser em luz utilizável para uma tela de cinema.
Como resultado, os projetores a laser RGB podem atingir níveis de brilho muito maiores do que os projetores LaPh e também oferecem grandes vantagens em termos da relação de contraste que pode ser alcançada na tela. Os lasers RGB são a única tecnologia de cinema que oferece o High Dynamic Range/Alto Alcance Dinâmico (HDR) na tela.
A boa notícia é que há avanços recentes na tecnologia de laser vermelho e verde. Dispositivos a laser da próxima geração, já operando em laboratórios e em protótipos de projetores a laser RGB, são muito mais eficientes do que os que atualmente operam em cinemas premium em todo o mundo. Além disso, esses lasers não precisarão ser resfriados como os de hoje, permitindo uma enorme redução na complexidade do sistema, tamanho, confiabilidade e custo.
Os fabricantes logo começarão a introduzir projetores de cinema a laser RGB no cinema, que podem operar em um custo equivalente de posse comparado ao projetor similar baseado em lâmpada. Eles logo dominarão a indústria cinematográfica, substituindo completamente a tecnologia de Lâmpada e LaPh, e fornecerão verdadeiros benefícios para quem realmente importa: o público.
Ricardo Laporta
Gerente de Vendas de Território, Cinema, Christie Brasil.
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