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Artigo / Audiovisual

12 Novembro 2020

Já ouviu falar do teste de Bechdel?

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Muitas pessoas não conhecem, algumas já ouviram falar e, infelizmente, pouca gente conhece esse teste tão simples e tão profundo sobre a sociedade em que vivemos.

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Se o cinema imita a vida, e a vida imita a arte, qual forma melhor para entendermos que histórias e que personagens nos inspiramos, do que analisando os maiores filmes e séries da história?

O teste foi criado em 1985 pela cartunista norte-americana Alison Bechdel, onde através de Liz Wallace — personagem famosa de seus quadrinhos, ela questiona se uma obra audiovisual de ficção passa em 3 quesitos:

1- possui pelo menos duas personagens femininas com nome (e não “a secretária” ou “a professora”);

2- possui pelo menos duas mulheres em cena que conversam entre si;

3- falando sobre algo que não seja um homem. Por exemplo: “Acho que vai chover. / Sim, também acho.”

Essas perguntas simples mostram a fraqueza do cinema mundial quanto a dar voz a personagens femininas. Muitas obras contemporâneas falham no teste, que é um indicativo claro de preconceito de gênero e submissão da mulher.

Não significa que não devemos assistir a filmes que não passam no teste, mas sim pensar em como as mulheres são representadas no audiovisual e como podemos melhorar a qualidade dessa representação porque, convenhamos, deveria ser fácil passar nessa prova.

Seis filmes internacionais de diferentes perfis que passam com louvor no teste: Melancolia, de Lars Von Trier / Cleo das Cinco ás Sete, de Agnes Varda / Cisne Negro, de Darren Aronofsky / Adoráveis Mulheres, de Greta Gerwig / Volver, de Pedro Almodóvar / Histórias Cruzadas, de Tate Taylor.

Barbara Sturm
Barbara Sturm

É diretora de conteúdo na distribuidora Elo Company, professora do curso de planejamento estratégico no Centro Cultural B_arco e membro do coletivo Asas

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