Exibidor

Publicidade

Artigo / Audiovisual

05 Novembro 2020

COVID-19 - Os Heróis e Vilões, da ciência e da mídia.

Compartilhe:

O objetivo aqui é apresentar pesquisa, com base científica, elaborada por epidemiologistas e cientistas. A realidade retratada é a dos EUA, sendo desnecessário destacar que para adequação ao cenário Brasileiro, alguns locais de contágio mudariam na escala de risco.

Publicidade fechar X

À medida que as empresas retomam suas operações e as restrições de bloqueio são lentamente suspensas em países em todo o mundo, é mais provável que ocorra o contato com uma pessoa positiva de COVID-19. É precisamente por isso importante tomar medidas conscientes para minimizar o risco de contágio.

Os protocolos desenvolvidos para cada local são de extrema importância, embora alguns locais enfrentem maiores dificuldades para segui-los adequadamente.

O canal de jornalismo CivicMeter conduziu uma pesquisa com 27 epidemiologistas, pedindo-lhes que classificassem o risco de contrair COVID-19 em cada local nos EUA em uma escala de 1 a 10. Veja a classificação de alguns locais. Foi considerado que os protocolos fossem observados e seguidos a risca, portanto o distanciamento social e o uso de máscaras são mandatórios.

  1. Reuniões ao ar livre, com distanciamento social. Risco na escala de 1 a 10: 3,73
  2. Hotéis. Risco na escala de 1 a 10: 4,42
  3. Restaurantes (lugares ao ar livre). Risco na escala de 1 a 10: 4,62
  4. Risco na escala de 1 a 10: 4,81
  5. Banheiros públicos. Risco na escala de 1 a 10: 4,85
  6. Risco na escala de 1 a 10: 5,0
  7. Escritórios. Risco na escala de 1 a 10: 5,27
  8. Táxi / Uber (com as janelas abertas). Risco na escala de 1 a 10: 5,27
  9. Salões. Risco na escala de 1 a 10: 5,35
  10. Transporte público (socialmente distante, no Brasil??). Risco na escala de 1 a 10: 5,54
  11. Risco na escala de 1 a 10: 5,64
  12. Risco na escala de 1 a 10: 6,24
  13. Avião. Risco na escala de 1 a 10: 6,65
  14. Risco na escala de 1 a 10: 6,73
  15. Reuniões externas (sem distanciamento social). Risco na escala de 1 a 10: 7,38
  16. Academias de Ginástica. Risco na escala de 1 a 10: 7,50
  17. Estádios ao ar livre para grandes eventos. Risco na escala de 1 a 10: 7,54
  18. Restaurantes (lugares internos). Risco na escala de 1 a 10: 7,54
  19. Teatros, Cinemas e igrejas. Risco na escala de 1 a 10: 8,15
  20. Casas de Repouso. Risco na escala de 1 a 10: 8,73
  21. Risco na escala de 1 a 10: 8,85
  22. Presídios. Risco na escala de 1 a 10: 8,85

A análise considerou os ambientes norte Americanos. Se fizermos a devida tropicalização para o nosso cenário, este ranking mudará com toda a certeza, principalmente nos Transportes Públicos, Banheiros Públicos, Aeroportos e Presídios.

Curiosamente os teatros, cinemas e igrejas, foram colocados no mesmo grupo de atividades, por considerar sua similaridade de acesso e infraestrutura. Eu não tenho embasamento científico para discordar, mas desconfio da atribuição de riscos iguais. A interação do público nos cinemas é muito inferior às igrejas, pois as reações se limitam às emoções, não sendo usual cantorias e estimulação de conversas.

Com a fala e os cantos que ocorrem durante os cultos - e a disseminação potencial de gotículas - as igrejas subiram para o topo da lista dos lugares mais perigosos para o coronavírus, de acordo com o estudo. O relatório também destacou um artigo do The New York Times que descobriu que mais de 650 casos foram associados a quase 40 igrejas e eventos religiosos nos EUA desde os primeiros dias da pandemia.

A maioria dos cinemas e teatros se encontravam fechados durante o estudo, mas há de se considerar que a implantação dos protocolos se dá de maneira mais eficaz nestes ambientes, por conta de suas características e envolvimento com o público.

Três pontos para nossa avaliação:

  1. Como seria o resultado da análise no Brasil?
  2. Qual o percentual de aplicabilidade dos protocolos de prevenção em cada segmento?
  3. A mídia é complacente com alguns segmentos em detrimento de outros?

Luiz Fernando Morau
Luiz Fernando Morau | morau@integradora.digital

Profissional sênior em infraestrutura, desenvolvimento e integração de soluções no audiovisual, digital cinema, broadcast, games, VR, AR e digital signage. Sócio e CEO da INTEGRADORA DIGITAL

Compartilhe: