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Artigo / Audiovisual

09 Outubro 2020

Pandemia gera oportunidades virtuais para o setor de entretenimento

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Desde o início da pandemia, pessoas das mais diversas indústrias tiveram que se adaptar ao novo normal. Para muitos, o trabalho remoto acabou se tornando parte desse novo normal. Empresas que nunca haviam dado essa opção para seus funcionários acabaram  adotando medidas que tornam o trabalho remoto permanente. Essa mudança de mentalidade  criou novas oportunidades para pessoas poderem trabalhar de qualquer lugar do mundo. Pesquisas mostram que trabalhadores estão dispostos a continuar trabalhando remotamente. “Cerca de 94% das empresas brasileiras afirmam que atingiram ou superaram suas expectativas de resultados com o home office” e 70% dos funcionários gostariam de continuar trabalhando remotamente mesmo depois da COVID-19[i].

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A economia virtual está estimada em mais de $100 bilhões de dólares por ano[ii] e o setor de “gaming” é tradicionalmente um dos setores mais populares para quem trabalha virtualmente. Esse mercado de trabalho virtual é “uma oportunidade para praticamente qualquer pessoa aumentar ou substituir sua renda usando um sistema econômico resistente a choques”ii. Uma das lições que a pandemia do COVID nos mostrou é que podemos ser afetados por forças mundiais que rompem o sistema. Setores da economia como o de “gaming” oferecem ampla oportunidades para quem busca trabalho virtual.

O setor de entretenimento foi um dos setores que mais sofreu com a pandemia, mas profissionais e empresas tiveram que inovar. “Mesmo com as ondas de choque de 2020 continuando a se propagar por toda a economia mundial” a PWC, uma da maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, “indica que a trajetória fundamental de crescimento do setor [de entretenimento] se mantém forte”[iii].

O processo de produção de filmes costuma ser um processo extremamente colaborativo e presencial mas o surgimento de novas plataformas de trabalho virtuais oferecem oportunidades para completar a pré produção, pós produção, marketing, e promoção com muito mais eficiência do que antes[iv].  Com essas mudanças, empresas podem contratar pessoas de qualquer lugar do mundo e muitas oportunidades poderão ser criadas para produtores e outros profissionais que atuam nesse mercado dentro do  Brasil para trabalhar em empresas mundo afora. O talento será mais disperso, produtivo, e barato para contratariv.

Mesmo que opções clássicas do setor de entretenimento, como o cinema, estão sendo menos lucrativos e menos populares, “a demanda do consumidor das opções variadas e cada vez maiores de mídia continua crescendo”iii. Profissionais do setor de entretenimento precisam buscar oportunidades nos lugares certos. Steve Kaplan da “Animation Guild”, uma associação de animação na califórnia,  disse que “animação não sofreu o mesmo nível de perdas de emprego vista em produções de ‘live-action’ nos últimos meses”[v]. Eles estão à frente e estão abertos a trabalharem com profissionais de qualquer localização. O escritor-diretor Jorge Gutierrez disse, “Agora nós podemos trabalhar com artistas do mundo inteiro...Essa é a parte que me empolga... Antes era ‘Nós não queremos arriscar com alguém que trabalha em um outro país.’ Agora você não tem escolha. Todos aqueles pipelines do sistema foram mais ou menos resolvidos”v.

 

[i]  https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/07/28/94-das-empresas-aprovam-home-office-mas-75-nao-o-manterao-apos-pandemia.htm

[ii] https://www.cnbc.com/2020/05/18/these-are-some-of-the-most-popular-virtual-jobs.html

[iii] https://www.prnewswire.com/news-releases/avancando-o-futuro-setor-de-entretenimento-e-midia-se-reconfigura-em-meio-a-recuperacao-861248181.html

[iv] https://fortune.com/2020/07/01/hollywood-film-remote-work-coronavirus/

[v] https://variety.com/2020/tv/news/animation-production-remote-coronavirus-pandemic-1234616856/

Victória Ansarah
Victória Ansarah

Analista de Políticas trabalhando com comércio internacional e relações Brasil-EUA para a Brazil California Chamber of Commerce (BCCC). Possui Bacharelado em Relações Internacionais pela University of Southern California (USC). Seus interesses incluem desenvolvimento internacional, igualdade de gênero, e política, economia e sociedade Latino-Americana.

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