27 Fevereiro 2015 | Fábio Gomes
Chris Dodd fala sobre pirataria no RioContentMarket
Presidente da MPAA pede união da indústria contra a pirataria
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Durante o RioContentMarket foi realizada uma palestra especial no painel US Studios & Produção Independente com Chris Dodd, presidente e diretor executivo da Motion Picture Association of America (MPAA). O mandatário defendeu a necessidade de agentes privados, governos e autoridades internacionais unirem esforços para estimular a proteção aos direitos autorais.
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Dodd ressaltou que a pirataria traz prejuízos não apenas aos criadores, mas para todos os envolvidos na cadeia produtiva. Além disso, a pirataria traz consigo outras condutas criminosas e lembrou do caso do ataque cibernético sofrido pela Sony. “Se não trabalharmos juntos, ataques como este, ou até piores, podem acontecer em qualquer região do mundo”, afirmou.
O presidente lembrou que, segundo estudo feito pela Tendências Consultoria Integrada – a pedido da MPAA no Brasil, em parceria com um dos maiores sindicatos de produtores locais, no Brasil, mais de 110 mil empregos diretos e 120 mil indiretos são gerados pelas atividades de criação, produção e distribuição audiovisual. Apesar de números altamente positivos, o país impõe grandes desafios para o setor: pesquisas divulgadas em 2013 revelaram que 81% dos brasileiros que já baixaram músicas ou filmes online admitiram fazer uso de fontes ilegais de conteúdo.
“Estes números são estarrecedores”, disse. “Além de prejudicar a indústria e as pessoas que trabalham duro no dia a dia da produção audiovisual, os consumidores também são os grandes prejudicados. A maioria dos sites piratas infecta os computadores dos usuários para roubar dados pessoais e financeiros, criando fontes adicionais, mas ilegais, de renda”, alertou.
Um estudo feito por uma empresa inglesa mostrou que 27 dos 30 sites mais visitados por consumidores de produtos piratas continham armadilhas para fraudar cartões de crédito. “Não existe mágica. É preciso educar o cidadão sobre os perigos da pirataria; alicerçar sistemas internacionais e corporativos de TI e propriedade intelectual; garantir que agências reguladoras e instituições governamentais tenham os recursos necessários para vencer este desafio; e trabalharmos juntos para definir padrões internacionais de governança na internet – questão em que o Brasil cumpre papel fundamental”, completou.
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